Jantar

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As coisas estão começando a ficar interessantes.

Sem mais delongas.

Enjoy.

Jihyo ergueu a venda. Balancei a cabeça em concordância e ela se moveu para ficar atrás de mim, amarrando-a ao redor da minha cabeça.

Mais uma vez, o mundo ficou preto e eu era dependente de meus outros quatro sentidos.

— Sinto que deva te dizer. Eu trabalho para ela há vinte anos, senhorita Chaeyoung. Ela é uma boa mulher. Tem suas manias estranhas, gosta de tudo do seu jeito, exige excelência em todas as coisas, mas ainda sim é uma boa mulher. Eu sei que você deve ter medo, mas, por favor, não precisa ter. Se houver algo que eu seja capaz de fazer, você só tem que me pedir. Eu sou a chef, então se quiser qualquer alimento ou gostaria de comer um prato específico, basta me pedir. Você só tem que me chamar através do inter-comunicador, que prontamente atenderei. - Ela me deu um tapinha no ombro, e então ouvi a porta se abrir e suas mãos seguraram a minha. — Por aqui, por favor.

Ela me levou cerca de cinquenta passos, meus saltos ecoando em azulejo ou piso de mármore e distantes paredes.

— Senhorita Chaeyoung, senhora.

— Obrigada, Jihyo. - Sua voz veio da minha esquerda, aproximando-se mais, com passos suaves.

— Vamos começar com o primeiro prato, quando você estiver pronta.

— Muito bem, senhora. - Os passos de Jihyo recuaram, na direção oposta de onde tínhamos vindo, em seguida, a porta abriu e fechou.

Senti suas mãos na minha, envolvendo-as, me guiando para frente mais alguns passos, e então ela puxou uma cadeira, me colocou na frente dela e me acalmou com suas mãos pesadas, porém suaves sobre os meus ombros.

Quando eu estava sentada, as mãos permaneceram lá, os polegares massagearam entre meus ombros. Eu estava tensa, percebi sua pressão forte e suave, era uma sensação maravilhosa. Muito maravilhosa. Eu quase gemi em voz alta, mas conseguiu segurar.

— Tão tensa, Chaeyoung.

— Eu diria que tenho razões para estar um pouco tensa, não é?

— Humm. Suponho que você tem mesmo. - As mãos dela correram pelos meus braços, seus polegares trabalharam os nós em torno de minha coluna, com poderosos cursos suaves. Jesus me ajude, me senti bem. — Você está com fome, Chaeyoung?

Meu estômago roncou, respondendo por mim. Ela riu e eu ouvi o arrastar de uma cadeira, no chão ao meu lado.

— Como isso vai funcionar? - Perguntei. — Você não espera que eu coma com esta venda nos olhos.

— Você verá. - Foi sua resposta enigmática.

Poucos segundos depois, ouvi uma porta se abrir, os pratos foram colocados na nossa frente.

Senti o cheiro de sopa, caldo de carne, possivelmente, com pães recém-assados. Jihyo saiu, e me atrapalhei ao procurar uma colher na minha frente, verifiquei, em seguida, casei as bordas da tigela.

Eu a encontrei, apenas para empurrar o líquido escaldante e derrubar ao meu lado, me fazendo afastar e praguejar.

— Chaeyoung, Chaeyoung. Tão impaciente. Dê-me sua mão. - Sua voz eram partes iguais, diversão e desaprovação.

Hesitei mas, depois estendi a mão latejante. Minha palma descansou contra o sua.

Ouvi um utensílio tilintar contra o vidro, e então algo intensamente frio deslizou sobre a carne queimada entre meu polegar e o indicador.

Taken - Chaelisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora