Conrad • Amores Corrompidos • 1

ONZE

O vento soprava gelado quando Conrad guiou Alex para fora da boate, passava das quatro da manhã quando Alex pediu a ele que a levasse embora, após avisar as meninas que estava partindo se deixou ser guiada pelo homem a seu lado. A loira abraçou o próprio corpo quando uma lufada de vento se chocou contra ela.

Conrad a abraçou de lado e a guiou para o estacionamento, o jaguar negro estava estacionado na última vaga, a pouca iluminação do local deixava o ambiente com um ar sombrio.

Alex se aconchegou no abraço dele e deixou ser levada, caminhando devagar por causa dos saltos supérrimos. Ele não se importou em andar devagar para acompanhá-la, a noite ao lado dela havia sido divertida, ela mostrou a ele um lado que ele via apenas pelas câmeras e ele gostou que ela tivesse dado a ele a oportunidade de conhecer esse lado espontâneo e divertido dela.

Durante toda a noite, Alex o seduziu; o olhar desejoso, os beijos libidinosos, a forma sensual que dançava junto a ele. Ela mostrou a ele o que queria, sem precisar abrir a boca para falar e ele daria a ela tudo o que quisesse dele. Ele estava alcançando seus objetivos, agora só precisava concluí-los para enfim acabar com a vida dela.

Ele abriu a porta do jaguar e ela sorriu para ele antes de entrar no veículo, ele fechou a porta e deu a volta no carro, ocupando o banco do motorista. O motor rugiu e ele acelerou, guiando-o pelas ruas pouco agitadas.

— Se importa, se eu ligar o som?

— Não querida, fique à vontade. – respondeu sem tirar os olhos das ruas. Alex se ajeitou no banco antes de esticar o braço e ligar o aparelho, deixando em uma estação qualquer, ela não queria de fato ouvir algo, queria apenas ocupar o interior do carro, queria escutar algo que não fosse seu coração batendo acelerado no peito. Estava nervosa, ansiosa para ser mais exata, estava criando expectativas com o final da noite, ansiando para que enfim fossem para a próxima base.

Ela não queria ter que esperar semanas para que enfim ele a levasse para cama como aconteceu para terem o primeiro beijo, ela o queria e sabia que ele também a queria, estava em seus olhos, na forma em que ele a tocava e beijava, ele a desejava na mesma intensidade que ela.

A rua estava vazia quando Conrad estacionou o jaguar na frente do prédio de poucos andares. O prédio de tijolos vermelhos, era praticamente um lugar histórico, mantinha toda uma arquitetura rústica dos anos sessenta, Conrad desceu e rodeou o veículo abrindo a porta do passageiro para Alex, que sorriu com o cavalheirismo mostrado por ele. Travando o carro com o alarme guiou-a rumo as portas duplas de vidro e madeira. Ele parou na porta, e a girou para ele, deixando que ela apoiasse as mãos delicadas em se peito.

— Obrigado pela noite. – ele agradeceu. — Dorme bem, Alex! Ele se curvou e beijou os lábios delicados dela, ele estava fazendo charme, jogando com ela.

Quando ele se afastou a loira piscou algumas vezes, estava desnorteada com as sensações que ele causava em seu corpo.

— Você não quer entrar? – ela mordeu o lábio inferior. — Toma uma taça de vinho. - sugeriu. Ele a olhou, os olhos azuis com um brilho de diversão.

— Você tem certeza? – ela assentiu, entrelaçando os dedos finos nos dele, escorregou a mão livre pelo peito másculo e ergueu o corpo ficando nas pontas dos pés para dar altura de beijar os lábios dele. Alex mesmo de salto continuava mais baixa que ele, se afastou dele e o puxou pela mão para dentro do prédio quando entraram no elevador Alex imaginou que ele faria com ela o mesmo que Christian fez com Anastasia em Cinquenta Tons de Cinza, mas a única coisa que conseguiu dele foi um olhar penetrante que a deixava com as pernas bambas.

O corredor estava vazio e silencioso quando Conrad e Alex saíram do elevador, seus vizinhos com certeza já se encontravam em um sexto sono quando ela destravou a porta e a empurrou, tateou a parede com a mão até encontrar o interruptor de luz, fazendo com que o apartamento ganhasse uma nova claridade.