Prólogo

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 Há mais de trinta anos, sete grandes navegadores uniram forças para desvendar os segredos do mundo. Eles saíram pelo mar com o objetivo de mapear as áreas não ocupadas pela coroa e explorarem os mistérios que a natureza guardava.

Os piratas eram:

William Kidd, o líder da expedição; mal educado e impaciente, se contentava torturando homens e dormindo com mulheres casadas. Tornou-se o líder por ser o pirata mais rico, além de que não suportaria ver outro ocupando este posto. Sentia prazer em degolar pessoas.

Barba Negra, possuía o navio mais forte; conhecido por ser o pirata mais cruel e doentio já existente, diziam que até os seres do mar ficavam mansos em sua presença. Ele comandava uma legião de 100 piratas sanguinários e adorava saquear vilarejos, além de sequestrar mulheres.

Nathaniel Flint, o mais inteligente; ele era sereno, formidável e elegante, porém obcecado por ouro. O único pirata respeitado por todos os membros da expedição. Sua inteligência e sagacidade manteve todos vivos até onde pôde.

Anne Bonny, melhor lutadora; a mulher mais feroz dos sete mares, muitos homens a temiam e os que não se sentiam dessa forma, tinham seus membros arrancados (com excessão de seu marido, Caligo Jack). Ela sonhava em ser a melhor pirata do mundo.

Mei, melhor armamento; filha de um imperador chinês, começou a navegar com seis anos de idade e aos doze já tinha seu próprio navio e tripulação. Com dezoito, ficou conhecida como a pirata mais experiente dos mares da Ásia e é dita como uma entidade mística para vários países. Tinha uma tripulação de 85 mulheres e possuía o segundo navio mais bem armado do mundo. Todas as batalhas da expedição foram vitoriosas graças a ela.

Capitão Black Bart, melhor tripulação; dono do maior navio da expedição, sua tripulação chegava a mais de 200 homens. Praticava canibalismo e sempre estava bêbado.

Sir Henry Morgan, membro da coroa. Era velho e um péssimo corsário da marinha. Foi convidado para a expedição somente porque precisavam de uma desculpa para que a realeza não intervisse no assunto. Dono do menor e mais lento navio, sua tripulação não chegava nem a 20 homens e era obcecado por mulheres jovens, uma delas era Mei.

Após anos de viagem e vitórias, os destemidos piratas encontraram um tesouro inestimável em uma gruta. Localizada no meio do oceano, era cercada por um labirinto de pedras pontudas. Os povos indígenas locais diziam que lá dentro havia uma deusa, linda e poderosa, que realizava desejos para qualquer um que fosse visitá-la.

Depois de ouvirem os boatos, os conquistadores adentraram a gruta utilizando um pequeno barco e ao chegarem lá, se depararam com uma imensa escuridão; até mesmo a respiração mais fraca provocava o mais horripilante dos ecos, mas apesar de intimidados pelo breu, o grupo conseguiu chegar próximo ao centro. No topo da caverna havia um enorme buraco, que mesmo sendo obstruído pelas nuvens do céu, deixava a luz do sol passar.

Nas paredes rochosas, um enorme número de luzes coloridas; vindas dos mais diversos tipos de pedras preciosas, faziam o covil se parecer um belo caleidoscópio. E no centro de tudo, numa pequena ilha feita de pedras e ossos humanos, os navegadores se viram encantados com a beleza absoluta da deusa; uma linda mulher, com a pele escura, cabelos negros e ondulados, os quais estavam adornados por uma tiara feita de algas marinhas douradas e pérolas em cascata. Ao seu lado, exposto em uma estalagmite, havia um baú de madeira ornamentada. Ele estava aberto e dentro podia-se ver sete moedas de ouro.

Ao se deparar com os visitantes, a deusa sorriu e desceu de sua ilha para entrar na água. Após se aproximar do barco, os piratas sacaram suas espadas, estavam prontos para matá-la, contudo, foram tomados pela energia envolvente e cativante da divindade e baixaram a guarda no mesmo instante.

A deusa falava em uma língua diferente, porém, o eco que sua voz provocava na caverna era na língua dos humanos. A primeira coisa que ela disse foi que não realizava desejos, mas ajudava todos a alcançarem seus objetivos. Avisou também que os navegadores poderiam escolher apenas uma riqueza da caverna, cada.

Flint, como era obcecado por ouro, perguntou logo sobre as únicas moedas que ali haviam, mas a divindade o alertou que aquela não era uma escolha prudente, além de quê, ela era a responsável por protegê-las e não deixar que caíssem em posse de pessoas com más intenções. Portanto, os contou sobre a história das moedas chamadas de Zakynthos.

Por volta de 800 a.C. o ouro que era extraído da ilha de Zakynthos, na Grécia antiga, deu origem à sete moedas, as quais foram cunhadas com a suástica chinesa em um dos lados, que representa a eternidade e simbolizava a sorte, já a cabeça do leão Neméia do outro, representava riqueza e poder, pois seu pelo feito de ouro puro era imune à qualquer ataque e suas garras eram tão afiadas quanto a lâmina de uma espada.

Aquele que possuísse as moedas, era agraciado com uma influência carismática sobre os outros humanos, fazendo com que as pessoas aceitassem o que quer que fosse dito e seguissem tudo sem questionar, além de poderes sobrenaturais secundários. Todavia, as moedas devastavam seu detentor por conter alto nível de arsênico e mercúrio, as tornando tóxicas.

Kidd, sem mais paciência, disse que aquilo tudo era apenas uma desculpa para que eles não levassem as únicas moedas de ouro do local e a Deusa, ofendida com a acusação, deu-se por vencida e entregou uma moeda para cada, pois o tempo faria o seu trabalho de destruí-los um por um. Se não fosse pela toxicidade, seria então pela ganância.

Os deixou ir, mas antes, deu-lhes as instruções; para utilizar o poder das moedas, era necessário fazer um débito com as mesmas antes do uso. No primeiro pagamento, o usuário deveria colocar a moeda sobre a palma de sua mão e derramar seu próprio sangue em cima dela. Já o segundo, era exclusivo de cada uma e caso não fosse cumprido, levariam o proprietário à morte.

Alguns anos depois, todos os navegadores tiveram seus finais trágicos; Sir Henry, Kidd, Capitão Bart e Barba Negra faleceram do modo mais calamitoso e cruel possível, Mei estava desaparecida, enquanto Anne e Flint, visto o horror que vivenciaram, optaram por esconder e espalhar as moedas ao redor do mundo, para que nunca mais fossem achadas.

Contudo, Flint, obcecado por ouro e ganancioso como era, fez um mapa com a localização de todas as moedas. Caso algum dia ainda precisasse delas. 


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☠• Informações•

• Colocarei o link para a playlist temática nos comentários de cada capítulo lançado, no primeiro parágrafo.

• A fanfic se passa um pouco depois da era de ouro dos piratas, mas como é um universo alternativo, não levarei muito do contexto histórico em consideração.

• Um glossário com os termos técnicos utilizados estarão logo nas notas iniciais.

• Qualquer sugestão, ou até mesmo se quiser compartilhar suas teorias sobre, fique à vontade para expô-la nos comentários.

• A mesma fanfic está disponível na plataforma do Spirit e do AO3, caso vejam o mesmo título por lá.

[HIATUS] Pirate Kings - ATEEZOnde histórias criam vida. Descubra agora