O Último Serviço

O gravador

Peguei a Sharon no colo, subi os degraus rumo ao meu quarto em meio aos beijos e arranhões que ela me deu.

Abri rapidamente a porta do meu quarto, a deitei na cama, tirei a minha calça de moletom, ficando apenas de cueca boxer preta.

Beijei as pernas dela, a fazendo puxar com força o meu cabelo e a gemer, a beijei intensamente, arranquei aquele vestido e pude finalmente admirá-la apenas de lingerie vermelha, o que acarretou em um sorriso malicioso no meu rosto.

"Eu não posso fazer isso, Richard." Ela me disse com a voz entrecortada e o meu sorriso se desfez.

"Como assim, não pode? Você é virgem? Tem namorado?" Meu pau ficou mole, sentei na cama e a assisti colocando o vestido que eu havia acabado de tirar.

"Não para as duas perguntas, mas eu não sou uma puta. Eu nunca transei com homem algum no mesmo dia em que dei o primeiro beijo e, principalmente, eu nunca fui para cama com um homem que mal conheço. Eu acho que perdi a cabeça. Me desculpa." Ela estava nitidamente transtornada.

"Sharon, eu que te peço desculpas por ter ido rápido demais. Eu não quis que você se sentisse como uma puta, mas não consegui me controlar." Disse.

Não acredito que estraguei tudo com ela, mas a verdade é que nenhuma mulher jamais agiu comigo do jeito que ela age e eu nunca me senti desta forma com ninguém, nem mesmo com a Ashley.

"Você não fez nada que um homem não faria. Eu preciso ir." Sharon disse, me deu um beijo no rosto, desceu as escadas correndo e eu corri atrás dela.

Sharon abriu a porta, eu a segurei pela mão e disse: "Você vai para a Hell's Club hoje? Vamos fazer do seu jeito agora. Quero te conhecer melhor e deixar com que me conheça melhor antes de decidirmos se daremos ou não um passo à frente na nossa relação."

"Não sei se vou hoje porque eu preciso escrever, mas eu aceito te conhecer melhor." Ela sorriu e eu automaticamente sorri também.

"Tchau, Richard." Ela me deu um selinho.

"Tchau." Disse. Fiquei na porta da minha casa a observando entrar na dela como um bobo apaixonado.

"Ô garanhão, vai colocar uma roupa. Eu não sou obrigado a olhar para isso!" Carl estava na janela do quarto dele gritando para que eu o ouvisse. Quando me dei conta, estava apenas de cueca na porta de casa.

"Se não quer olhar, é só sair da janela!" Ri, ele soltou a fumaça do cigarro, fez um gesto obsceno com a mão e eu entrei.

Estava feliz como jamais imaginei que um dia pudesse estar, pois mesmo que não tivesse transado com ela, estava estranhamente me sentindo completo.

Bati uma para me aliviar, li mais alguns capítulos do livro dela e dormi.

Acordei com um grande sorriso no rosto, tomei banho, me arrumei para ir para a boate e saí de casa.

Decidi passar na casa da Sharon para saber se ela queria ir comigo para a boate. Toquei a campainha e assim que ela abriu a porta tratei logo de dizer: "Sharon me desculpa a hora, mas eu..." Ela interrompeu a minha fala me surpreendendo com um beijo intenso que logo retribuí.

Quando o beijo acabou, não soube como agir, pois o meu desejo era de fazer sexo com ela, mas eu sabia que tinha que me controlar e esperar o momento dela, além disso as palavras não vinham mais em minha mente e por um momento pensei até que havia esquecido o meu próprio nome, então tudo que eu fiz foi continuar olhando para aqueles lindos olhos azuis, esperando que ela tomasse alguma atitude.