O Último Serviço

A viagem

"O Mike pediu para avisar que viajaremos 12h e pediu para que todos cheguem às 11h na base porque ele quer conversar um pouco com a gente antes de entramos no jatinho particular dele. É imprescindível que o Jimmy não vá para que o Mike não descubra que o advogado famoso sabe de tudo porque se o Mike descobrir, o Jimmy morrerá e temos que dizer que o Dean é um bandido, afinal, o Mike não deve conhecer todos que existem em Los Angeles. Para que ele não desconfie de nada, diz que o Dean viveu muito tempo em outro país e voltou há pouco tempo para cá." Mark disse olhando para mim como se só tivéssemos nos dois na sala de reuniões. Não confio nele, mas neste caso, não tenho muita opção.

"Diz que morei no Japão. Sou fluente em japonês." Dean disse.

"Tudo bem." Disse.

"Eu não vou para lá amanhã" Jimmy disse à contra gosto. Dei um sorriso de leve para ele como resposta que apenas respirou fundo.

Começamos a falar sobre alguns detalhes do plano, treinamos a Ashley por um tempo considerável e saímos de lá. Ela é uma ótima aluna e aprendeu muito, mas não é o suficiente para um encontro com a Bratva.

"Vamos tirar algumas fotos? Podem ser as últimas." Ashley perguntou enquanto alternava o olhar para todos nós que, rapidamente, assentimos com a cabeça.

Pedimos alguns drinks, tiramos as fotos e saímos da boate. "Até amanhã, pessoal." Disse.

"Até." Eles falaram juntos.

Ashley me abraçou forte e eu pude sentir o coração dela disparar, ou será que foi o meu?

A dei um beijo no rosto, entrei no meu carro e ao chegar em casa, tomei banho, lanchei, coloquei o meu celular para despertar para acordar cedo e dormi como uma pedra.

Acordei cedo, tomei banho, me arrumei e preparei o meu café da manhã. Disse para Mariah para ela trabalhar na boate e dei folga para ela na função de empregada, por isso tive que preparar o meu café da manhã.

Mas quando sentei para comer, a campainha tocou. "Puta que pariu!" Disse em alto e bom som porque precisava sair e não podia aturar ninguém naquele horário.

Tomei um gole do meu café, respirei fundo e fechei os olhos, a fim de ignorar aquele barulho irritante.

Eu sei que quem quer que esteja na porta, me ouviu gritar, porém tudo que eu mais desejo é que a pessoa simplesmente vá embora e me deixe em paz.

Ouvi o barulho da porta abrir e, instintivamente, coloquei a mão na minha arma, porém sorri ao ver de quem se tratava. "Mariah!" Disse, sorri, levantei e a abracei.

"Não é meu dia de trabalho e preferi bater na porta. Custava tê-la aberto?" Mariah disse e colocou as mãos na cintura.

"Desculpa. Eu estou atrasado e não queria falar com ninguém, mas estou feliz em te ver. Quer tomar café da manhã comigo?" Indiquei uma cadeira, ela assentiu com a cabeça e sentou.

"Então, o que faz aqui?" A dei um leve sorriso.

"Vim te ver antes dessa sua missão quase suicida." Mariah tentou se controlar, mas foi em vão porque uma lágrima rolou pelo rosto dela.

"Eu preciso ir. Toma seu café da manhã com calma, lava a louça antes de sair e toma conta da minha boate para mim, por favor." Resolvi ignorar o estado em que ela se encontrava, afinal o que eu poderia dizer?