Capítulo 9

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Guilherme não sabia o que fazer a seguir

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Guilherme não sabia o que fazer a seguir. Quando se deu conta de que não havia conversado com Vitória até então e que entraria com Sofia na escola, se desesperou. Lucas estava certo. Não queria criar um clima estranho nem uma inimizade entre as duas garotas. Precisava falar com Vi, mas estava morrendo de medo da reação que teria.

Avistou o amigo conversando com outros colegas na porta na entrada e se apressou em inventar uma desculpa de que precisavam conversar sobre um trabalho, fazendo com que Sofia entrasse sozinha. Ela não pareceu estranhar. Seguiu até o grupinho de meninos e esperou que Vitória entrasse e passasse por ali. Esperava que já não o tivesse feito.

Mal havia cumprimentado os amigos e viu que a loirinha chegava com duas amigas. Ela era bonita, não podia negar. Os cabelos claros, cacheados, os olhos verdes, baixinha, pequena, mas com um corpo perfeito. Mesmo assim, preferia Sofia. Gostava de sua timidez, de sua risada contida, sua inteligência, seus gostos, da forma como se vestia sempre simples, básica, jeans e camiseta, os cabelos quase sempre presos no alto da cabeça. Vitória até maquiagem usava na escola. Para que, não fazia ideia.

— Vi, oi – a chamou, correndo até onde estava.

Ela sorriu, como sempre fazia quando se encontravam, e ficou na ponta dos pés para beijar sua bochecha, deixando uma meleca grudenta que ele quis limpar, mas não fez.

— Tu não foi na festa do Gabriel – ela disse, como se quisesse uma explicação, embora não estivesse chateada.

— É, desculpa, não deu pra ir – tentou explicar, passando uma mão pelos cabelos na tentativa de buscar a melhor forma de dizer o que precisava. – Será que a gente pode conversar? A sós? – Ele olhou para as duas amigas que ainda estavam ali, cheias de risinhos.

Vitória sorriu e virou o rosto para as amigas como se pedisse para que saíssem. Elas então continuaram seu caminho, ainda rindo, já imaginando o que ia rolar entre os dois.

Guilherme ignorou e a guiou até perto do portão que dava para o ginásio da escola. Somente quando lá chegaram é que falou:

— Desculpa mesmo não ter ido. Eu sei que disse que ia, mas não pude.

— Tudo bem, Gui. – Sorriu, um sorriso bonito e sincero. – Imprevistos acontecem. – Vitória então se aproximou mais e segurou seu casaco pelo fecho, como se quisesse que ele se abaixasse para ficar mais perto. – Mas a gente pode combinar de fazer alguma coisa qualquer dia desses...

O convite era bem claro, até para Gui. Ele sorriu, sem encará-la, mostrando as covinhas em suas bochechas. Era fácil ser seduzido pela garota, mas agora ele tinha namorada e precisava deixar isso claro. Então colocou as mãos sobre as delas, olhando-a nos olhos, e disse:

— Então... é sobre isso que eu queria falar contigo.

Vitória deu um sorrisinho. Talvez imaginasse que queria justamente combinar algo, o que não era o caso.

Entre provas e beijos (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora