Capítulo 7

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O beijo de Guilherme era lento e calmo, como ele. Mas se engana quem pensa que isso não era bom. Sofia estava achando perfeito, na medida certa.

— Não acredito que tu tá mesmo aqui comigo... – ela o ouviu sussurrar em sua boca, abraçando-a ainda mais forte.

Sem conseguir pronunciar nenhuma palavra com seus lábios colados aos do vizinho, Sofia apenas balançou a cabeça. Droga, ele realmente sabia o que dizer para deixá-la fora de si. Não tinha dúvidas que dali não teria mais volta. Em breve Sofia e Guilherme seriam um só.

Era estranho se sentir assim com alguém com quem não conversava há quase três anos. Era como se nunca tivessem se afastado, como se nunca tivesse deixado de gostar dele. E aquele jeitinho do garoto, tão doce, tão adorável, ao mesmo tempo tão charmoso e sedutor, a deixava em chamas. Não sabia se essa era mesmo a intenção do vizinho, mas era exatamente como a estava deixando.

E isso que seus toques eram bastante recatados para um garoto de dezoito anos. Quer dizer, em comparação com Marco Antônio... Melhor esquecer e não ficar comparando. Nem havia como comparar.

Como nunca havia se dado conta do tamanho desejo que tinha por tocá-lo daquela forma, sem pressa, descobrindo seu rosto com o tato, centímetro por centímetro? Ele era tão gentil em seus gestos que Sofia não queria mais soltá-lo, mesmo que houvesse ido a sua casa com intenção de estudarem. Era fácil fazê-la esquecer.

Aos poucos o vizinho foi empurrando seu corpo em direção à cama, da mesma forma como fizera no sofá de sua sala, um dia antes, e Sofia se viu sem controle diante dos beijos que agora desciam com carinho por seu pescoço. Uma mão quente apertava sua cintura por cima das várias camadas de roupa sem nenhuma intenção de provocar. Mesmo assim, provocava. Provocava algo que Sofia nem sabia que existia.

Novamente se sentia dividida entre o desejo carnal e incoerente e a sensação de o que estavam fazendo ser errado. Afinal, logo ali ao lado dormiam a mãe e o padrasto de Guilherme. O irmão estava em algum lugar daquela casa olhando televisão e a avó estava no andar de baixo, podendo subir a qualquer momento para ver se estavam mesmo estudando. Será que alguém desconfiava?

— Chega – pediu, baixinho, saindo debaixo do corpo esguio e quente do garoto para voltar a se sentar na borda do colchão.

Ele se deixou cair de costas, esfregando o rosto, só então se dando conta de até onde estavam indo. Ou era como parecia estar.

— Nós precisamos estudar, lembra? – falou Sofia. – Foi pra isso que eu vim.

Então se levantou para pegar seus materiais, fingindo ignorar todo aquele fogo dentro de seu corpo. Antes que conseguisse dar o primeiro passo, Guilherme segurou sua mão, fazendo-a parar.

— Só por isso mesmo? – insinuou.

Ela apertou os lábios, segurando um sorriso e ele se levantou, inclinando-se para beijá-la mais uma vez. Quando foi que Gui adquirira aquela naturalidade para provocá-la?

Entre provas e beijos (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora