Point of view Veronica lodge.
As vezes ... Nós sentimos sozinhos, abandonados, mesmo que tenha Mil pessoas ao nosso redor, algumas pessoas tem a chance de tentar achar esse problema e conseguir se sentir melhor... Já eu não tive essa sorte.
Já se passaram 3 meses desde a viagem com as meninas, quando eu voltei eu e minha mãe passamos um tempo juntas com a Betty, como eu queria que o tempo ficasse congelado para sempre.
Eu estou no hospital agora, desde a viagem com as meninas eu vim piorando muito, vim perdendo peso, ficando pálida, cuspindo muito sangue e bom, só vem piorando.
Minha mãe estava ficando ainda mais desesperada e meu pai queria fazer a quimioterapia mas eu falei que não iria adiantar nada, já que de qualquer jeito eu iria morrer, e se eu fizesse só iria adiar o previsto iria trazer mais dor a todos e iria sentir mais dor ainda.
Nesse quarto completamente branco, apenas tinha uma TV de tela plana, uma cama com cobertores brancos, uma poltrona marrom do lado da janela encostada na parede com uma mesinha ao lado, uma porta que levava ao banheiro, a porta do quarto e as janelas que entravam a claridade pelo quarto.
Com o silêncio que abrigava o quarto me permitia pensar em cada coisa que fiz até aqui, como queria mudar as coisas ou ter um replay dos melhores momentos da minha vida.
Começo a sentir algo molhar minhas bochechas e sei que eram as lágrimas que teimavam em cair do meu rosto, eu tinha apenas no máximo 4 dias de vida, e meus amigos e minha mãe tentavam esconder a tristeza que emanava neles e me fazerem rir, mais só quem sabe o que eu estou sentindo sou eu.
Eu e betty estávamos juntas a 5 meses, e ela era incrível, mas eu sabia que ela estava sofrendo e não queria a fazer sofrer, eu iria terminar com ela hoje de um jeito passivo quando ela vinhe-se aqui.
- Posso entrar?
Escuto Betty perguntar pelo outro lado da porta.
Seco minhas lágrimas rapidamente e respondo com um simples "Entre".
- Oi Amor, como está?
Ela pergunta, já mencionei como ela é cuidadosa, preocupada, e fofa? Não? Então, ela é o amor da minha vida. A viajem nós aproximou tanto e todos esses meses que ficamos juntas todos os dias só serviram para me dar ainda mais certeza que eu a amo mais do que tudo.
- Não muito bem B, precisamos conversar.
Ela franzi o cenho e se senta ao meu lado segurando minha mão, e dando um beijo na minha mão logo em seguida.
- Sobre o que quer falar meu amor?
Dava para sentir o medo em seu olhar ela já sentia.
- Amor, olha, você sabe que eu não vou viver mais por muito tempo. E não quero que fique presa a mim, Eu te amo, eu te amo muito mesmo, e vou te amar pro resto de tempo que tiver. E quando eu morrer, e se depois da morte formos para algum lugar eu irei continuar te amando de lá.
Ela escutava atentamente e seus olhos estavam começando a marejarem.
Vou com minha mão até seu cabelo e começo a acariciar sua bochecha, me sento na cama ao seu lado e me aproximo dando um selinho demorado na mesma.
- Você, está livre para ficar com quem quiser amor, Você precisa ir... Porque mesmo que eu queira, não tenho mais tempo, não tenho mais vida além desse tempo que me resta, e não posso permitir que fique presa a mim, você é o amor da minha vida, e é a mulher mais perfeita que eu já conheci.
Falo olhando no fundo de seus olhos, lágrimas escorriam por seu rosto, E uma lágrima teimosa escorre por minha bochecha.
- Mas eu te amo Verônica.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Before leaving
FanfictionVeronica Lodje - Uma adolescente em seu estado terminal, com infelizmente pouquíssimo tempo de vida, tem que aproveitar o máximo que conseguir. Betty Cooper - Uma garota rebelde que não acredita no amor, completamente amargurada, que simplesmente nã...