Capítulo 15

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Depois de dirigir por alguns minutos eu finalmente chego no meu destino, quando estou prestes a descer a porta do meu carro é aberta e quem eu menos esperava entra no carro.

- O que você fazendo aqui? - pergunto bravo

- Eu fui liberado, saberia se tivesse lido a carta anterior a essa - diz apontando para a carta aberta na minha mão

- Depois do nosso ultimo encontro você não esperava que eu continuasse a receber as suas cartas - digo ainda bravo

- Olha me desculpe! Eu me arrependi desde o nosso ultimo encontro, ver você saindo daquele jeito me fez pensar - diz ele

- Te fez pensar em tudo que você fez? Te fez pensar em quem você abandonou? - digo exaltado

- Eu confesso que eu errei, eu estava cego de raiva. Ver a forma que você saiu daquele jeito me fez pensar - diz ele

- E o que você quer? - pergunto

- Eu só quero o seu perdão! - diz ele me parecendo arrependido

- Eu preciso pensar! Me dê um tempo, eu não posso simplesmente esquecer o que você fez - digo

- Já é um começo - diz ele

- Já tem onde ficar? - pergunto

- Não, mais eu me viro - diz prestes a sair do carro

- Você pode ficar la em casa por enquanto se quiser - digo

- Não quero incomodar seu tio - diz ele

- Não estou morando com meu tio, me mudei para um apartamento com a minha avó - digo

- Se não for incomodar eu aceito - diz e eu arranco com o carro

Começo a dirigir em direção ao apartamento, quando chego na entrada do prédio paro o carro.

- Eu tenho umas coisas para fazer, o apartamento fica no 14° andar, apartamento 25 minha avó está em casa ela irá gostar de lhe ver - digo e ele desce

- Quando você volta? - ele pergunta

- Eu volto logo, não vou voltar para o trabalho hoje - digo e ele acena entrando no predio e eu arranco com o carro indo para a delegacia do meu tio

Quando chego na delegacia, estaciono o carro em uma vaga em frente a delegacia e desço, quando entro vou logo até a recepcionista.

- Eu quero falar com o delegado - digo

- Terá que esperar - diz a moça

- Avisa que é o sobrinho dele, diz que é urgente - digo e ela acena com a cabeça e pega o telefone e liga para alguém, eu decido esperar e não demora muito meu tio aparece

- O que houve Miguel? Não deveria estar trabalhando? - ele pergunta

- Podemos conversar? - pergunto e ele acena e me guia até sua sala

- O que houve? - ele pergunta e eu decido ser direto

- Meu pai saiu da cadeia! - digo

- E onde ele está? - pergunta

- Nesse exato momento está la em casa - digo

- E o que te preocupa tanto? - pergunta ele

- Ele diz querer meu perdão, ele disse que está arrependido - digo

- E o que você acha? - pergunta

- Posso estar sendo precipitado - digo

- Por que?

- Acho que ele diz a verdade, mais tenho medo de que seja mentira

- Ele é seu pai e meu irmão, se você acha que ele está dizendo a verdade então lhe dê uma segunda chance - ele diz

- Não quero me machucar e também não quero que outros se machuquem

- Mais se não lhe der uma segunda chance, se não lhe der o beneficio da dúvida poderá se arrepender um dia

- Você está certo

- Fale com ele mais uma vez, ponha as cartas na mesa e lhe dê outra chance, por mais que ele tenha errado ainda é humano e humanos erram

- Vou falar com ele - digo e me levanto

- Ótimo,

- Poderia buscar o Pedro hoje? - pergunto

- Claro, vou sair masi cedo mesmo - diz e depois de nos despedirmos eu saio da delegacia e vou até meu carro

No caminho ligo para o trabalho e digo que não volto hoje, por eu ser um bom funcionário meu chefe entende. Chego no meu prédio e entro com o carro no estacionamento, guardo ele e pego o elevador até o 14° andar. Quando o elevador chega ao seu destino eu saio e vou até a porta do apartamento e o abro com a minha chave, quando entro no apartamento vejo meu pai no sofá conversando com minha avó.

- Precisamos conversar papai! - digo e ele acente

A Barraca do Beijo! - Nova GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora