Um Belo Jardim

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Eram os camundongos novamente.

Correndo atrás deles, tento fazer o mínimo de barulho possível. Eu tinha que ter a certeza de que naquela porta, realmente existia uma passagem que só abria para mim.
Desço a escada e chego na sala, o camundongo se enfia na fresta da pequena porta e eu me aproximo, abrindo-a.

Realmente estava la, o caminho todo brilhoso, pelo qual os camundongos estavam correndo. E é lógico que eu não iria perder a oportunidade de ir novamente naquele mundo.

Atravesso o caminho e já escuto minha mãe cantarolando no fogão, quero dizer, minha outra mãe.

- Bem vinda de novo querida! - fala olhando para mim.

- Oi! - respondo ainda nervosa por ver que aquilo estava acontecendo.

- Foi tão gentil da sua parte mandar esse pedaço de queijo Coraline!

Me aproximo e vejo que ela estava cozinhando algo e ralando um enorme pedaço de...

- Queijo? - ai percebo o que havia acontecido - Oh, iscas pros camundongos.

Iscas que estava enormes, era como se eu tivesse deixado o queijo por inteiro, sem cortar nem nada.

- Vai la chamar o seu pai vai, aposto que ele já deve estar morrendo de fome!

- Quer dizer, meu outro pai! - falo meio confusa.

- Seu melhor pai querida! Ele está la no Jardim! - conclui minha outra mãe apontando para a janela.

- Mas, os meus pais não tem tempo pra jardinagem...

- Shhhhh! - antes que pudesse falar mais alguma coisa, minha outra mãe tira um pedaço de alguma coisa que ela estava fazendo para comermos e coloca na minha boca - Agora vá!

Aquele negocio era muito saboroso, mesmo sem saber o que era. Começo a caminhar até o lado de fora da casa. Chegando na escadaria, vejo a lua subindo e tomando parte do céu.

Assim que ela sobe, no jardim, duas cerejeiras começam a crescer rapidamente.

Vou caminhando até os portões do jardim e entro. Fico admirando três beija-flor reluzentes que em todas as plantas e arvores que tocavam, se acendiam ou cresciam, era magico e muito, muito lindo, era uma coisa que eu nem sei explicar.

Havia sapos, borboletas e plantas para todos os lados, algo que realmente não aconteceria na outra casa.

Continuo seguindo o caminho que vai se iluminando pelos beija-flor, até ver ao fundo, meu pai, outro pai, em cima de algo que parecia um grupo mecânico, que cuspia sementes pela boca e que na parte de trás, soltava água.

As plantas cresciam rapidamente, em frações de segundos, varias plantas azuis tomavam conta da parte onde ele estava.

- Oi! - me cumprimenta de onde estava com uma voz doce.

- Adorei o seu jardim! - falo o mais alto que consigo, pra ele poder escutar de onde estava.

- O nosso jardim Coraline! - o jeito que ele era feliz, que ele sorria, era estranho, poder ver de longe o sorriso de alguém que vive tão perto de mim, que nunca fez isso. Digo, meu outro pai, o verdadeiro, não me lembro da ultima vez que o vi sorrindo.

Fico pensando nisso, até as plantas que estavam no chão me fazerem cócegas. Sim, as plantas do chão que tinha boca começaram se fazer cócegas, era algo estranhamente legal.
Me deito ao chão de tanto rir. Até ouvir um barulho de trombeta ou algo parecido.

- Opa, filha em apuros! - Ele vem rindo ainda montado no grilo mecânico - Chega de cócegas, suas insolentes!

O grilo dele com as patas, corta as flores que estavam a me segurar no chão. O meu outro pai pega as plantas e forma um tipo de um buquê, um buquê bem diferente dos que eu já havia visto.

Ele entrega esse buquê que ainda estava vivo, para mim. Fico o olhando fixamente e meio sem jeito.

- Olha, ela disse que esta na hora do jantar, ou café da manhã, comida!

- Antes, pula aqui na garupa menina, vou te mostrar uma coisa!

Assim que ele pede, me aproximo e ele me pega no colo, me ajudando a montar na garupa. Ele puxa uma alavanca e um pedaço de ferro sai do grilo, começando a girar freneticamente sobre nós, como se fosse um helicóptero, ele nos faz sair do chão.

Cada vez subindo mais, vejo a forma que o jardim ficava visto por cima.

- Não acredito que fez isso! - era eu, o jardim foi montado para ter o desenho do meu rosto e até a cor do cabelo.

- Sua mãe me disse que ia gostar, ela conhece você como a palma da mão!

Fico boba admirando aquele jardim, a vista que tinha de cima, era realmente lindo e eu não conseguia segurar o enorme sorriso.

Assim que chegamos na cozinha, começamos a comer, havia tudo de bom que pode se ter em um café da manhã.

- Hummmm, que delicia! - falo de boca cheia.

- Eu adoro jantar café da manhã! - meu outro pai não parava de pegar as panquecas.

A mesa realmente estava repleta de coisas, e sobre ela ainda havia um vaso com aquele buquê vivo.

- Coraline, o Sr. Bobinsky convidou você para ver os camundongos saltadores depois do jantar! -  fala a outra mãe enquanto da coisas para as flores comerem.

- Sério? Aquele Wybie disse que era tudo invenção do Sr. B, sabia que ele estava errado! - concluo com mais um pedaço de panqueca com caramelo.

- Bom, tudo aqui nesse mundo é certo querida! - enquanto meu outro pai falava, minha outra mãe se levanta e da a volta na mesa, indo ao lado dele.

- Seu pai e eu lavamos a louça, enquanto você é seu amigo vão lá pra cima!

- Meu amigo? - questiono confusa.

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BJS E BONS SONHOS COM A BELA DAMA

Coraline e o Mundo SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora