"O fato de o mar estar calmo na superfície não significa que algo não esteja acontecendo nas profundezas." - Jostein Gaarder
Depois de algumas horas fazendo compras, consegui encontrar roupas que fazem o meu estilo, leves e confortáveis. Alguns vestidos, saias, shorts, blusas e jaquetas, calsas e lanjeries, tênis, saltos e sandálias.
Olívia teve que ir embora por conta de uma emergência no restaurante de seu pai, no qual ela é gerente e me disse que terei uma reunião com o gerente de uma lanchonete que precisa de funcionários, já que eles são amigos ele agendou uma hora para mim, amanhã.
Téo e eu caminhamos pela calçada com várias sacolas, vendo o mar de longe e surfistas aproveitando as ondas, e mais ao longe outros apenas conversam e brincam na praia. Quando tiver tempo vou alugar uma prancha e aproveitar as ondas magníficas da Austrália.
Uma movimentação estranha começa perto da praça de alimentação e alguma pessoas gritam por um médico ou ajuda.- Heloísa vai lá. - Tobias me puxa.
- Mas eu ainda tô fazendo residência. - Falo com um pouco de medo.
- Você tem doutorado. - Ele insisti enquanto me leva até a multidão.
- Eu sou médica. - Falo ao chegar perto e ver um homem caído. - Afastem-se!
Examino a pulsação e a cabeça para ver se tem algum sangramento.
- Você. - Aponto para um homem de preto. - Liga para a ambulância.
Assim que o homem saí, pergunto o que aconteceu para uma mulher com a blusa azul, ela conta que o homem foi atingido por um carro e foi jogado para a calçada, o motorista do carro não parou para checar, apenas continuou seu trajeto. Peço para que Tobias vá para casa e leve as comprar que eu ficarei até a ambulância chegar.
Assim, que a ambulância chega o levam para o hospital e eu vou junto com a vítima, depois de prestar depoimento a polícia e os enxames acabarem já se passaram das três da tarde.
O médico do homem que descobri se chamar Steven, avisou que ele teve apenas uma leve fratura na cabeça e que ficara em observação, mas que ele ficará bem e está dormindo.
Resolvo passar a noite no hospital para ter certeza que não ocorreu nada de errado com ele, já que até agora ninguém veio atrás dele, que tipo de familiares e amigos ele tem, nem deram falta do pobre homem. Meu celular vibra avisando mensagem no grupo de amigos:"Ei, o homem está bem? Já descobriram o nome dele?" -Tobias
"Steven, fizeram enxames e ele sofreu uma fratura na cabeça."
"Alguém foi procurar por ele?" - Olívia
"Não... Que tipo de amigos ele tem!"
"Gente, se eu sumir, é pra vocês me procurar. Não quero ficar sofrendo no hospital sozinho!" - Tobias
"Eu também não quero" -Olívia
"Eu procuro por vocês, mas se eu sumir liguem pra polícia"
Algumas batidas na porta do quarto tiram meu foco do celular. Levanto e vou até a porta.
- Aqui é o quarto do Steven? - Um homem pergunta, eu tenho a leve sensação de já ter o visto.
- É, você é?
- Colega dele. - O cara fala e acena para alguém. - Alex.
- A gente já se conhece? - Pergunto com a testa franzida.
- Achou...
Conheço essa voz... Ele está em todo lugar?
- Essa é sua melhor cantada? - O homem de olhos verdes me encara.
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Highway to hell
RomancePara alguns o amor é uma bênção e uma dádiva, mas para esses dois é bem o oposto. Um é o inferno para o outro e eles embarcaram nessa estrada, sem pensar. Heloísa Dale voltou para sua terra natal, a Austrália, para recomeçar a vida após uma decepção...