Capítulo III

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"Nenhum de nós segue em frente sem olhar para trás. Seguimos em frente sempre levando aqueles que perdemos." - JoJo Moyes

As semanas se passaram e o trabalho na lanchonete estava ficando divertido, criei uma rotina que me agrada e a vida está entrando nos eixos. Fiz amizade com Alex já que ele passou a dormir bastante com Olívia e em todas as manhãs toma café com a gente.
Seus relacionamento com Olívia não era nada definido, mas os dois se gostavam bastante. Depois de alguns dias saindo juntos, ela finalmente me disse que estava gostando dele.
Não recebi nenhuma mensagem do Caleb o que não me surpreendeu, e para ser honesta, do que eu sentia por ele só restou desprezo.
Mamãe me liga toda semana para perguntar como estou e me informar sobre as coisas em Londres. Papai não está muito bem e foi internado após sofrer um derrame, isso me fez querer voltar para casa e cuidar dele, mas minha mãe insistiu para que eu não fizesse isso.

— Terra para Heloísa. — Steven acena na minha frente. — Você está bem?

— Só estava pensando. — lhe entrego o celular com o e-mail que recebi. — O hospital disse que a transferência só precisa da minha assinatura para ser finalizada.

Depois de nós encontrarmos no PUB, Steven e eu ficamos colegas, ele é divertido e eu precisava conhecer pessoas novas.

— E o que você está esperando pra ir assinar? — se senta ao meu lado na areia.

— É só que...

— Você deveria ter certeza que é isso, que quer. — fala depois que eu não respondo.

— É isso que eu quero. — falo com firmeza.

— Então por que do medo? — ele me encara.

— A vida adulta me assusta.

— Assusta todo mundo — fala. — mas existem males que são para o bem. Vem temos que voltar.

Olho para as pessoas do outro lado da praia, jogando vôlei, bebendo e assando carne.
Alex e Olívia resolveram fazer uma social no fim de semana e chamar todos os amigos. O que eu achei uma boa ideia, até que finalmente chegou o dia.
O time de vôlei chama Steven para jogar e eu acabo indo para a caixa de bebidas, pegar cerveja.

— Quer algo mais saboroso do que cerveja?

— Não despreze uma cerveja gelada. — Me viro para Adam.

— Nunca, mas existem opções melhores. — Ele me entrega um copo com caipirinha — O que acha?

— Acho interessante o seu gosto. — Dou um gole na bebida saborosa.

— Sou uma caixinha de surpresas. — Ele abre um sorriso de canto.

— Essa é a primeira vez. — o encaro. — que trocamos palavras descentes, desde que nos conhecemos.

Ele me encara, como se analisasse o que eu acabei de dizer.

— Não conversamos, — ele encara o mar. — Porquê não temos nada em comum.

— Você nem sabe do que eu gosto. — caminhamos até a beira da praia. — como saberia se temos algo em comum.

— Somos diferentes, você é estressada e eu sou tranquilo, você é parcialmente calma e eu... Bom gosto de ação. — ele diz com toda a certeza do mundo. — você é simples e eu...

— Parcialmente calma? — gargalho — simples? Queria que as coisas fossem do jeito que você está prezumindo.

— Então, me diz quem é você, Heloísa.

— Tudo bem, mas depois vai ser a sua vez. — lhe ofereço a minha mão. — Adam.

— Feito. — Ele aperta a minha mão.

Highway to hellOnde histórias criam vida. Descubra agora