Capítulø Sete

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Atenção, este capítulo contém destruição, sangue e assassinato.

Tyler estava sentado no chão de sua cela.

Desejava ter a persona que carregava quando era um prisioneiro no quarto de Josh. Todo o amor o deixava calmo. Ficar calmo não vai o ajudar com seu plano. Joseph decidiu enganar sua própria mente e se livrar de qualquer bondade e calma que tivesse dentro de si.

Ele vai conseguir ficar bonzinho de novo depois, não é?

O garoto franziu o cenho, começando a se convencer de que Josh o odiava, o que não era difícil de se imaginar. Ele, por algum motivo, realmente acreditava naquilo. Se Josh o amasse, o tiraria da prisão. Não, Josh era só mais uma pessoa que o julgava e o abominava nesse mundo.

Talvez esse único pensamento fora o suficiente para endurecer Tyler.

Mas ele continuou mesmo assim.

Sua família estava pouco se ferrando para ele, nunca o quiseram de qualquer jeito. Seus irmãos? Tinham pena. Tyler sabia que todos comemorariam sobre seu cadáver. Uma desgraça; uma vergonha para o nome da família. Era isso que o consideravam.

Os fãs? Uma gangue suja de grandes mentirosos. Somente ouviam suas músicas por Josh; por tocar e por ser tão atraente. Somente por isso, e com certeza compartilham da mesma opinião de Dun. Josh não liga e muito menos ama Tyler, logo, os fãs pensam o mesmo.

O mundo inteiro o teme. Seja lá o que aconteça de ruim ao redor do globo, vão dar um jeito de culpá-lo. Tyler é a pessoa mais odiada na face da Terra; as pessoas provavelmente escolheriam o Donald Trump - Bolsonaro - ao invés dele em qualquer situação.

Joseph abriu seus olhos e fitou a parede, bravo. Finalmente seu plano poderia ser colocado em prática.

Ele se levantou sem expressão alguma, segurando nas grades. Continuava  fraco para quebrá-las e sabia muito bem o porque. Estava com fome.

Uma onda de coragem o consumiu e Tyler colocou o braço para fora da grade. "Guarda! Guarda!"

Gritou até que alguém o ouvisse, o que foi alto o suficiente para alertar pelo menos seis guardas diferentes. Sua voz era algo novo ali dentro, ninguém nunca havia o ouvido. Isso ia ser interessante - ou pelo menos foi o que todos pensaram.

O total de sete guardas se aproximaram da cela que contia o canibal enlouquecido e o estudaram durante o breve momento que tiveram.

O corpo de Tyler se mexia lentamente. Um sorriso grande e assustador cobria seu rosto. Piscou duas vezes antes de cair no chão e se desfazer em gargalhadas. Começou a tossir, como se estivesse engasgado com sua saliva. Seu corpo se debatia no chão, até que começou a babar. Apertou sua mão contra o chão - sem motivo específico. Seu pé esquerdo parecia se mexer mais do que o resto do corpo. Sua cabeça se mexia em todas as direções em um tempo quase rítmico. Tyler continuou a risada dolorida, essa sendo interrompida por causa de engasgos. Seu olhar voou através da cela.

Os olhos dos guardas se arregalaram; estavam mais alertas do que nunca. Observavam a criatura que sofria no chão da cela, dois deles tendo prontidão em pegar suas chaves. Logo as grades se abriram e os sete se encontravam dentro do cubículo. Cercavam Tyler em um semi-círculo. O que tinham que fazer?

Tyler não conseguia impedir seu sorriso de cobrir seu rosto por completo.

Levou um mero segundo para que Joseph se levantasse, contornasse o semi-círculo e fechasse as portas da cela - essas que continuavam fáceis de ser abertas. Um dos guardas gritou enquanto os outros ofegavam. Tyler pulou no que estava mais perto de si. Mordeu o pescoço daquele homem repetidamente, fazendo sangue espirrar pelo rosto daquele sujeito, além dos outros que ali estavam e por toda a cela. O guarda gritava de medo e dor, mas por ter um canibal comendo seu pescoço, logo perdeu toda a sua força e caiu morto no chão.

Agora, Joseph não podia arriscar ser morto por um desses guardas. Precisava eliminá-los antes de comê-los.

Olhou o único homem que ainda tinha a habilidade de pensar - todos os outros estavam em completo choque. Levou seu rádio até sua boca querendo começar a falar, encarando os olhos de Tyler, que é um homem prevenido. Assim, Joseph o atacou assim como fez com o outro guarda. Todos os outros agora caíram no chão, perdendo suas consciências. O canibal agora tinha mais quatro homens para matar.

Não querendo cansar sua mandíbula, Tyler simplesmente quebrou seus pescoços sem que nem vissem. Sete corpos agora se encontravam no chão.

Joseph começou a comer um dos guardas. Sua fome aumentava a cada ação. A carne humana, o sangue e órgãos lhe davam uma força indescritível. A cada mordida,  ficava mais duro e necessitado. Quando acabou três refeições grandes, começou a comer mais devagar. Não porque estava satisfeito, mas sim porque estava se sentindo... Vamos dizer, criativo. Comeu o torso de um dos homens, deixando seus membros de lado, juntamente à cabeça pendurada pelo pescoço quebrado. Foi pegando os órgãos e comendo um por um, somente passando para a carne saborosa quando viu que os lugares onde aquelas vísceras deveriam estar agora se encontravam completamente vazios.

Tyler estava muito vidrado no processo de comer e encantado pelos sabores que não percebeu um leve movimento de um dos corpos. Um dos guardas que havia desmaiado, estava obviamente vivo. O pobre sujeito teve que usar toda a sua força para não chorar e gritar por ajuda. Começou a se arrastar para a porta, tentando alcançar a abertura.

Suas chaves se mexeram em seu bolso.

Joseph largou a costela que estava lambendo e levantou sua cabeça rapidamente. Colocou o osso no chão, devagar e sorrindo. Tyler começou a engatinhar até o guarda que agora chorava e implorava por sua vida. Contou que amava sua esposa e filha, como eram tudo para ele. Implorou para que Tyler o poupasse, querendo retornar para sua família. Ainda prometeu se demitir, querendo apenas amar sua esposa e acompanhar o crescimento de sua filha.

Mas Tyler não o ouviu. Se alimentar o deixou louco. Começou a rir do homem abaixo dele; algo que nunca havia feito antes. Nunca dava risada de suas vítimas, mas essa parecia engraçada para ele. O jeito fofo do guarda implorar; aquilo fez Tyler dar risada. Joseph continuou a assim fazer - gargalhava enquanto rasgava o sujeito em pedaços em alta velocidade. Continuou rindo fraco até enquanto lambia seus ossos.

Quando acabou de lamber os do último guarda, sua cela não passava de um conjunto de ossos limpos, roupas, alianças, chaves e carteiras.

Outros prisioneiros agora retornavam a suas celas após o momento de recreação que tiveram no jardim da prisão. Tyler não era autorizado a participar. Ele e mais ou menos outros quinze prisioneiros tinham que passar esse tempo trancados em seus cubículos.

As pessoas na cela da frente começaram a examinar o que estava acontecendo ao redor do canibal. Tyler estava coberto de sangue, e começou a rir de suas caras aterrorizadas e assustadas. Todos começaram a apontar para a cela, chamando a atenção dos guardas que levavam os prisioneiros de volta às celas. Um deles aproveitou aquele momento para apertar um único botão.

Todas as celas se abriram.

Gritos eufóricos saiam das bocas de todos os prisioneiros enquanto xingamentos saiam das dos guardas que corriam pela bagunça.

O sorriso de Tyler começou a pulsar enquanto assistia.

Crazed • Jøshler - VERSÃO EM PORTUGUÊSOnde histórias criam vida. Descubra agora