2005 - Aflições de um mero Guardião
Fiquei espantado com aquela reação, como ela me viu? Como sabe que senti ciúmes? Fiquei parado um pouco até não ver mais Margot nem Edith no pátio. As aulas correram normalmente até soar o sino para o intervalo, Margot e Edith saíram juntamente aos vários alunos para o pátio, Leoric, guardião de Edith, foi para o terceiro andar, onde Jasper estudava, eu decidi o seguir, estava um silêncio incomo naquele andar, não se ouvia os pássaros, nem os alunos que estavam lanchando lá embaixo, parecia que tudo tinha parado no tempo, até eu estava mais lento que o habitual, mesmo flutuando. Passos foram ouvidos ao fim escuro do corredor, vidros se quebraram e Jasper, com os cabelo preto e olhos vermelhos vinha ao meu encontro, aquele som de rádio fora da estação tinha voltado e parecia mais alto ainda, toda vez que abria a boca ficava mais agudo e minha cabeça doía, coloquei as mãos nos ouvidos para tentar cessar aquele som, Jasper cada vez mais perto, o zumbido mais alto, ele chegou tão perto que pude sentir sua respiração gélida em meu rosto, apontou para janela e lá estava Edith beijando Margot atrás de alguma árvore, meus olhos se reviram, pela primeira vez senti realmente um sentimento de raiva, tão pouco expressado por guardiões, que precisam ser imparciais. Jasper chegou em meu ouvido e disse:
- Eu vou voltar.- Ao terminar sua frase o barulho ficou o mais alto que poderia e tudo parou, o canto dos pássaros voltaram, os gritos de adolescente voltaram e eu estava no chão, caído e abraçado em minhas pernas, olhei em volta e o sinal bateu para os alunos retornarem para suas respectivas salas.
Para minha surpresa, Leoric estava com Edith dentro da sala, "Como voltou tão depressa?", Margot estava mais vermelha que os cabelos de Edith, com um leve sorriso em seu rosto, aquilo me fez lembrar do que tinha visto lá do terceiro andar, queria tanto estar no lugar daquela ruiva, Edith estava tratando Margot muito melhor, sentou ao seu lado e mexeu em seus negros cabelos cumpridos, Leoric tinha o rosto sem expressão e para baixo, uma aura cinza o cercava, fiquei preocupado mas não questionei, precisava me manter longe dele, tentar ajudar é contra as regras, tudo que ele sente provém de seu humano.
Dado o horário de saída, Margot se despediu de Edith e de Jasper, correndo até os reluzentes portões dourados, na calçada, ia contra o vento e seus longos cabelos voando deixando para trás seu doce perfume , eu só fazia apreciar e amar ela cada vez mais. Chegou em casa, beijou sua mãe, andou até seu quarto e pegou seu caderno para continuar seu conto tão amado "Ao Espaço Tempo de Marie Bloom", parecia tão feliz escrevendo e suas bochechas ainda estavam meio rosadas, as vezes me pego pensando o porquê de eu ser o mero guardião de Margot e passar por aflições como essas, Adonai, supremo em seu poder, poderia atender meus pedidos e me tornar humano, eu só queria, pelo menos, saber como seria tornar Margot minha garota. A tarde, Margot cochilou e deixou seus materias espalhados pelo quarto todo, os arrumei para Ellora não brigar com ela e me deitei ao teu lado e peguei no sono como ela.
"Era um dia frio de outono, nossa casa fazia barulhos, as portas rangiam, as árvores lá fora batiam umas nas outras e um fino sereno cobria tudo, a lareira estava acesa, e tornava o ambiente mais quente, eu me sentia outra pessoa, alguém mais físico e estável, Margot, enrolada no cobertor e com uma caneca dechocolate quente nas mãos e sentada no chão cheio de cobertas, olhava para o fogo, parecia hipnotizada, a chamei:
- Margot, meu bem, olha aqui.- Quando virou, seus olhos brilhavam tanto quanto o fogo, deixou sua caneca de lado e veio para mais perto de mim, o pano que escondia seu corpo acabou caindo e revelando a visão mais bela de todas, uma fina camisola transparente roxa estava posta sobre seu corpo juntamente de uma calcinha de renda azul, eu já tinha visto ela se trocar algumas vezes, mas sempre saía por respeito. Ela se sentou no meu colo de frente pra mim e selou meus lábios, aquele suave beijo, era tão macio, rebolou uma vez, despertando algo no meio das minhas pernas e o fazendo levantar, deitei-a no chão coberto e desci as alças de sua camisola, contemplei o topo de seus seios se enrijecendo com o ar frio e seus corpo inteiro se arrepiando com meu toque, passei a mão em seus cabelos descendo para o pescoço onde depositei uma mordida e um leve gemido saiu de sua boca, cheguei em seus seios e os lambi, fazendo um rastro de saliva até o umbigo, abri suas pernas, retirei sua calcinha e ela fechou as pernas.
- Não tenha vergonha de mim, você é tão linda, que mal posso me conter, desculpe.- Beijei sua testa e desci novamente para o meio de suas pernas, ela as abriu para mim, era o ser mais lindo que já tinha visto, ela estava a minha mercê."
- Caspian, acorde, Margot não está passando muito bem.- Arien me chamou e acordei num pulo extremamente corando pelo sonho que havia tido, olhei para chão e Margot estava caída vomitando e pedindo ajuda, fiz alguns livros caírem e bati a porta para chamar atenção de Ellora, ela entrou e viu o estado de sua filha, a pegou e levou para o hospital imediatamente.
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Aflições de um mero Guardião
SpiritualQuando a Mãe Terra não se supria sozinha, momentos aqueles de desesperos e lágrimas, onde não havia sequer água para prosperar, Adonai, supremo em seu poder cósmico, a cobriu com seu imenso manto do infinito, enchendo suas fissuras com o mais puro a...