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𝙄 𝙖𝙢 𝙣𝙤𝙩 𝙝𝙚𝙧 — 𝘾𝙡𝙖𝙧𝙖 𝙈𝙖𝙚
"ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 4. Seu jardim em mim.Você já ouviu falar de Hanahaki Byou? Bom, eu também não. Pelo menos não até aquele dia, até a noite em que acordei com a respiração pesada, coração acelerado e a forte ânsia de vômito. Corri para o banheiro entre tropeços e escorregões, e despejei-me sobre o vaso sanitário pronta para colocar minha última refeição para fora, mas entre a saliva devo dizer que estava uma única pétala de rosa manchada com gotículas de sangue. E eu definitivamente não tinha jantado flores.
Ok. A dor passou e fui dormir, porque eu obviamente não estava processando aquilo direito e é claro que acordei com o pensamento "Tive um sonho esquisito". Só fui dar-me crédito de que aquilo não avia sido obra de uma mente estressada e cansada quando aconteceu novamente, dias depois, agora duas pétalas. Orquídeas dessa vez.
Eu não estava ficando louca.
Mas como eu chegaria ao médico e diria 'Bom dia, estou vomitando pétalas de flores'. Não, eu definitivamente daria um jeito sozinha. O que quer que isso fosse. O que quer que estivesse acontecendo comigo.
Afinal, sinceramente? Não estava doendo. De vez em quando umas tosses, mas que eram curadas por bons goles de água. Sentia o peito pesado também, porém julguei ser o efeito do coração partido — ele estava quebrado a tanto tempo que já não saberia diferenciar a dor física da emocional.
Foi só na terceira vez, novamente rosas, quatro pétalas dessa vez, que resolvi fazer uma rápida busca no Google. E é claro que apareceram receitas caseiras a base de flores para má digestão e possíveis doenças alérgicas a flores comestíveis, mas foi o link que brilhava em letras garrafais 'Hanahaki Byou, a doença das flores' que me chamou atenção.
Mas, por algum motivo, eu não abri a página. Medo, talvez? Talvez. Nunca estive na minha lista particular das pessoas mais corajosas que conheço.
Eu não estou doente, não preciso ver uma página que fala sobre uma doença. São só flores. Malditas flores.
E as coisas realmente estavam melhorando, eu não estava mais com problemas como falta de ar e dificuldade para respirar, meu coração continuava estranhamente acelerado, mas atribui isso a minha ansiedade diária.
Um mês se passou sem novos acasos. Até que... Vocês também completaram um mês. Ah, acho que não mencionei que você, Rael, estava agora namorando com a minha irmã. Vocês começaram a se aproximar no ano que fiquei fora, não é? Acho que minha pessoa até então avia sido uma barreira para que vocês enxergassem o quanto tinham em comum, quem sabe muito mais em comum do que nós dois. Um comum de um jeito diferente pelo menos, mais romântico.
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A doença das flores
Storie d'amore𝐒e eu nunca a tivesse conhecido não teria em meu histórico de buscas do Google tantos sites sobre essa tal doença das flores, Hanahaki Byou. E quem diria que um amor não correspondido poderia fazer nascer - literalmente - flores entre pulmões, traq...