Coincidências que Unem

11K 469 305
                                    

Disclaimer:

1. Todos os personagens são maiores de idade!
2. Sou contra violência física não consensual de qualquer espécie contra qualquer pessoa! Violência é crime!
3. Minhas fanfics são spankos, não gosta, não leia. São só delírios fantasiosos e não devem ser reproduzidas por pessoas desavisadas.
4. Essa história começou a ser escrita em 2019 e ainda está em andamento - estou revisando capítulos antigos.
5. Beijos da titia ❤️

Bruce teve uma infância difícil, tendo os pais retirados de sua vida pela rede de crimes que ocorria em Gotham e aquilo não era um simples crime, coisa que ele aprenderia da pior maneira mais a frente.

Se não fosse Alfred e o Comissário Gordon, ele realmente não estaria lá para contar a história de sua vida. E foi exatamente isso que ele sentiu quando viu Dick chorando no circo.

Ele não apenas chorava, mas tinha no olhar aquela chama de vingança. Pela primeira vez na vida, Bruce se identificou com alguém... Viu no garoto o mesmo garoto que ele foi um dia.

Dick o viu vestido de Batman. O garoto o viu, de relance, e ele logo sumiu. Não o acolheria como Batman, e sim enquanto Bruce Wayne, o milionário da cidade, dono do conglomerado Wayne.

No mesmo segundo enviou mensagens para a sua secretária. Pedindo todas as informações sobre o garoto, seus pais e sua vida no circo.

O menino de dezoito anos foi enrolado num cobertor até a delegacia, provavelmente para prestar depoimento. Bruce se lembrou do dia em que era ele enrolado num cobertor enquanto seus pais estavam baleados no chão.

Pela primeira vez em anos, Bruce deixou o traje de Batman de lado e arranjou uma desculpa para ir até a delegacia.

- Gostaria de fazer um boletim de ocorrência por extravio e...

Bruce se divertia com a escrevente que o atendia na delegacia que quase engasgou ao ver o maior empresário de Gotham na sua frente no meio da madrugada por algo aparentemente banal.

Foi quando avistou o menino sentado na sala de Jim, o seu estimado Jim Gordon. Como ele era grato a esse sujeito.

- Comissário Jim...

Bruce disse pigarreando da porta da sala dele.

Jim olhou curioso pro seu amigo se questionando a razão de sua visita naquele horário sem a sua habitual vestimenta noturna.

- Boa noite, Jim. Vim dar uma olhada nesse caso.

Jim arqueou a sobrancelha.

- O que um acidente circense tem a ver com as indústrias Wayne?

- Primeiramente você sabe muito bem que não foi um acidente, Jim.

- Viu comissário, eu disse!

Jim franziu o cenho desgostoso, chamando a atenção de Bruce em silêncio. Bruce se condenou, não devia estimular tais ideias no garoto.

- Então você é Dick Grayson, artista circense desde os três anos, não possui muitos amigos em virtude das viagens constantes, isso atrapalhou seu rendimento escolar também. Por isso, você com seus anos de idade é um aluno mediano no final do colegial e não muito popular...

Jim olhava curioso enquanto Bruce passava a ficha do garoto. Já Dick não estava entendendo nada.

- Posso saber por qual razão você está me investigando Sr. Wayne? Acho que o melhor aqui seria investigarmos os assassinos dos meus pais!

- Isso é trabalho da polícia, garoto.

Bruce disse e Jim cruzou os braços olhando para ele como quem não acredita que aquilo saiu da boca do próprio Batman que ele teve que educar para respeitar o trabalho da polícia quando ainda era um filhote de morcego.

- Eu também perdi meus pais cedo - Bruce disse colocando um copo de chocolate quente na frente do garoto, o que era um grande gesto para Jim, que fez o mesmo por Bruce - Pelo procedimento normal você iria para um abrigo agora, já que tem dezoito anos, e lá ficaria até seus vinte e um anos...

Dick revirou os olhos, o que irritou tanto Jim quanto Bruce.

- Eu não vou deixar o circo para ir pra abrigo nenhum.

- A decisão não é sua, Dick. Vai depender de um juiz e do que eu acho melhor agora. Além disso, ninguém no circo pôde se responsabilizar por você. - Disse Jim.

- Mas isso não é justo! Não vou para um abrigo!

- É por isso que estou aqui, gostaria de me oferecer como guardião provisório. Eu sei o que você está passando agora, eu também já passei... Enfim, ao menos comigo terá conforto e estabilidade.

Dick olhou incrédulo para o milionário, não fazia sentido uma oferta daquelas. Foi então que ficou se questionando se o milionário não teria alguma relação com o assassinato e fazia aquilo para manter as aparências.

Enquanto isso, Jim se levantou e chamou Bruce para conversar na sala ao lado, deixando o adolescente sozinho com os próprios pensamentos.

- Mas que ideia é essa Bruce? Como você vai cuidar de um garoto com essa vida dupla que leva? Pelos céus! Alfred já sabe disso?

- Não, não falei com Alfred ainda. Mas sei que ele não vai se opor... E não entendo por qual razão o menino não ficaria bem comigo... Melhor que num abrigo ele vai ficar!

- Você sabe muito bem do que estou falando. Essa sua vida noturna não é compatível com cuidar de um adolescente! Ele vai precisar de horários, rotina, atenção na escola.

- Acho que com o dinheiro da companhia eu posso muito bem cuidar disso, Jim!

Bruce estava ficando irritado com os questionamentos de Jim, ele era o herói da cidade, como não poderia cuidar de um fedelho?

- Não é apenas uma questão de dinheiro, mas de presença. O garoto vai precisar de alguém pra orienta-lo e não se deixar levar pelo trauma que sofreu.

- Jim, eu estou aqui para tentar fazer por esse moleque o que você e Alfred tentaram fazer por mim. Não vejo crime nenhum nisso.

Jim respirou levando a mão até a testa preocupado, Bruce havia ganhado nessa discussão. E ver o reconhecimento pelo o que ele havia feito o deixava satisfeito.

- Agora me ouça, mas me ouça bem Bruce Wayne, eu não quero saber desse menino envolvido nas suas questões de vigilância noturna. Você me entendeu?

Disse Jim autoritário, como há um bom tempo não era com Bruce.

- Sim senhor.

- Se eu souber do garoto envolvido nessas coisas eu cuidarei para que seu papel seja revogado e vou me esquecer que você já cresceu e cuidar para que me ouça daqui para frente.

Bruce entendeu bem a ameaça feita e se conteve para não responder. Ambos andaram até a sala e Bruce anunciou.

- Garoto, vamos. Tenho sua guarda provisória, vamos ver como as autoridades e magistrados vão se movimentar agora.

- E a minha opinião, não vale nada? - Disse Dick nervoso.

- Você prefere ir para o abrigo?

- Quero ficar no circo!

- Essa não é uma opção, Dick, sinto muito - Disse Jim ressentido, o garoto precisava de estabilidade e não de uma vida na estrada, não depois de tudo que aconteceu.

Bruce segurou o ombro do menor.

- Com o tempo, a dor vai diminuir, eu prometo.

Disse Bruce, sabendo da mentira de suas palavras, enquanto trazia Dick até o carro, pensando na sua conversa com Alfred quando chegasse.

Meu Menino ProdígioOnde histórias criam vida. Descubra agora