• estrelas da sorte •

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O garoto de olhos verdes apenas assentiu ao meu pedido e eu o guiei até o quarto, priorizando silêncio e privacidade para a nossa conversa.

- Júlia, se eu fiz algo que te chateou, por favor me desculpa... - Noah desatou a falar assim que passamos pela porta, seu tom era urgente e manhoso na mesma intensidade.

Me senti culpada e estúpida diante da reação dele, percebi que ele jamais me dera motivos para pensar que não se importava comigo. Neguei com a cabeça, soltando um longo suspiro e decidida a encerrar o assunto.

- Você não fez nada, não se preocupe.

- Tem certeza? - ele insistiu, mordendo o lábio inferior, seu olhar vacilou em receio. Acenei positivamente. - Você ficou tão distante ontem...

- É, você também. - disse impulsivamente, cruzando os braços sobre o peito. Estávamos há uma distância considerável, mas eu podia perceber sua respiração contida, ele estava aflito. - Noah, esquece isso, ok? Está tudo bem, eu estou bem. - garanti, no entanto, a expressão tensa permanecia em seu rosto. - Que cara é essa?

- Eu ainda acho que você está chateada e não quer me dizer.

- Não estou, eu juro. - falei e, como prova, me aproximei e depositei um longo selinho em seus lábios. O sorriso de canto surgiu neles logo em seguida. -Está bom assim?

- Sabe, eu estive pensando em uma coisa... - suas mãos foram de encontro à minha cintura, prendendo-me contra seu corpo. - No Brasil, não tivemos um tempo só nosso. E aqui também não estamos tendo.

- E? - arqueei a sobrancelha curiosa e interessada no rumo da conversa.

- Eu quero que você vá em um encontro comigo. - ele falou, sem delongas. - Mas um encontro de verdade, não alguns beijos escondidos dentro de um quarto. - acabei dando uma risada com a lembrança que me veio à mente. - Você aceita?

Nossos olhares se encontraram e, sob aquelas íris verdes, eu era incapaz de negar qualquer coisa.

- Eu aceito. - respondi, sem controlar o sorriso que tomou posse da minha boca.

***

Os últimos cinco dias passaram como se fossem vinte e quatro horas. Sem dúvidas, foram os mais divertidos. Visitamos a Universal Studios e foi o melhor momento até então, fiquei completamente fascinada com o lugar, ao ponto de sentir vontade de chorar quando fomos embora. Josh teve a brilhante ideia de assistirmos a um jogo de baseball, o que se resumiu a um dinheiro gasto atoa porque nenhum de nós entendia muito sobre o esporte. Apenas jogamos pipoca uns nos outros e rimos das pessoas flagradas na câmera do beijo. Passeamos por Venice de patins e eu acabei ganhando um hematoma na perna após o tombo que levei, no entanto, foi engraçado enganá-los fingindo que perdi a memória por ter batido com a cabeça no chão. Também tivemos momentos agradáveis na praia quando decidimos fazer uma espécie de luau e piquenique, Noah levou seu violão e cantamos quase até a madrugada.

O dia do nosso encontro finalmente havia chegado e, para a minha própria surpresa, eu estava calma. Ficamos bastante próximos após o ocorrido da festa, acabei optando por seguir o conselho de Larissa e me permiti viver o que estava sentindo.

As meninas e eu decidimos ir ao shopping para um dia de garotas, compramos poucas coisas pois passamos a maior parte do tempo comendo. Sentadas em uma das mesas da praça de alimentação, eu saboreava o meu sundae de morango enquanto escutava Sabina falar da saudade de seu namorado.

- Quando vocês vão se ver? - Sina perguntou, apoiando o queixo sobre as mãos.

- Em duas semanas. - a mexicana respondeu após um suspiro. - É aniversário da mãe dele.

ℓυcкy sταr  ☆  Noah UrreaOnde histórias criam vida. Descubra agora