Anne se sentou na minha cama e acariciou a barriga de oito meses.
- Como esta a gestação?- Perguntei antes que ela iniciasse seu questionário sobre Aaron.- Essa barriga esta enorme, já sabe o sexo?
Anne sorriu, ela sabia o que eu estava fazendo e tinha certeza de que ela daria um jeito de voltar ao assunto de Aaron e faria seu questionário.
- Esta ótima, não vejo a hora de parir.- Nós duas rimos, passei a mão em sua barriga.- Eu falei para o seu irmão que iriamos saber só na hora do parto, mas não me aguentei.- Anne da uma pausa e se aproxima mais.- É uma menina, Dylan não sabe.- Diz baixo.
Dou risada e a abraço.- Mais uma pro clubinho.
Nós rimos, Anne pegou em minha mão e a analisou.- Ta faltando algo aqui, talvez uma aliança.
Reviro os olhos a ouvindo.
- Como se conheceram? Quero saber tudo.
Suspiro dando um sorriso bobo.- Ele é medico, fui parar no hospital depois que a acompanhante louca de um cara me empurrou e eu bati a cabeça.- Anne da uma gargalhada alta.- Não ria.
- Tudo bem.- Diz respirando fundo e tentando não rir.- E ai ele te chamou pra sair no meio do expediente?
- Claro que não, nos reencontramos dias depois no Central Park, ele estava com a irmãzinha dele e acabamos por passar o dia juntos.- Senti a bebê de Anne chutar.- Depois começamos a sair mais juntos, até que surgiu sentimentos e aqui estamos nós.
Ela ri me olhando.- Fico feliz por você.
- Obrigada.- Digo com a voz suave.- Já pensou em um nome?
- Willow.- Sussurra, trocamos um sorriso cúmplice.- Vamos descer, sua mãe deve estar te constrangendo e você precisa estar lá para se defender.
Nós duas rimos, descemos da cama e saímos do quarto, ao chegar ao pé da escada eu já podia ouvir as risadas e a minha mãe contando algumas coisas minhas, desci as escadas atrás de Anne e sorri ao ver Aaron ao lado da minha mãe e do meu irmão enquanto meu pai acendia a lareira.
Minha mãe mostrou algumas fotos minhas, desde pequena eu tinha essa franja, mas aos oito anos a deixei crescer e com dezesseis cortei de novo e resolvi manter. Minha mãe mostrou fotos minhas de quando eu era bebê, no colo de toda a familia, incluindo no de Dylan que na época tinha seis anos, depois fotos minhas de um a cinco anos em alguns lugares que me lembrava vagamente de alguns detalhes, depois de seis a dez e o resto da minha adolescência. O que me assustava é que algumas fotos tinham uma historia engraçada e minha mãe lembrava de todas, como se houvessem acontecido dias atrás.
Ficamos tanto tempo conversando, ouvindo historias minhas e de meu irmão, olhando fotos e videos caseiros que meus pais gravaram de mim e de Dylan quando eramos pequenos e acabamos nem vendo o tempo passar, nem notamos que já tinha anoitecido.
- Taylor vamos dormir, eles são jovens aguentam ficar muito tempo acordados.- Nós dois rimos minha mãe se levantou, beijou minha testa e a de meu irmão.-Boa noite genro e nora.
Meu pai fez o mesmo, deu boa noite para Aaron e Anne e subiu as escadas com a minha mãe.
- Vamos também?- Meu irmão olhou para minha cunhada.- Nosso bebê precisa descansar.- Anne sorriu boba para Dylan que encarou a mim e a Aaron.- Se eu fosse vocês iria também, Aaron você não sabe com dona Christine e seu Taylor gostam de escravizar os filhos em ocasiões especiais.
Acabamos por subir todos juntos, já que meu irmão tinha razão.
A primeira noite na minha casa com o meu namorado, a primeira de muitas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Grow Woman
Literatura FemininaO ciclo da vida é algo bem previsível, digo... Você nasce, cresce, vive e morre. Tenho certeza que você sabia disso, mas nesse "cresce", chega um momento em que você precisa virar adulto, e ter aquela famosa vida adulta, aquela que ninguém quer ter...