O Fantasma

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Eu só percebi a presença de Flowey que estava ao meu lado quando ele disse que não era forte e queria se esconder para sempre, assim como o rato em sua toca. Provavelmente, ele também estava metaforizando sobre a situação do ratinho e do queijo.

Eu disse a ele que "Não era fraqueza sentir medo" e ele me olhou com surpresa e olhos marejados. Ele sorriu quando eu disse que "É um grande feito enfrentar seus medos, pois alguém que deixa sua zona de conforto para trás e sai por aí com uma humana desconhecida sem uma certeza, é alguém muito corajoso".

Ofereci à florzinha que voltasse a nossa aventura e Flowey entrelaçou suas vinhas em mim, de um ombro a outro, como se estivesse me abraçando e abaixou sua cabeça agradecendo com uma voz chorona e trêmula.

Eu sorri e, ainda sentada, ele me soltou poucos segundos depois dizendo que eu deveria ficar atenta com Toriel, que era tão forte quanto era intimidadora. Eu engoli em seco, mas ir em direção a casa do monstro era o único caminho que nós tínhamos.

Continuando o nosso caminho até a casa de Toriel, nós acabamos por encontramos um fantasma, deitado em folhas secas, impedindo a única passagem para a próxima sala.

Eu tentei chamar a atenção do fantasma, tocando nele enquanto pedia licença. Mas ele não parecia ter gostado nem um pouco.

Sua cor mudou repentinamente de branco para preto, uma vez que seus olhos passaram de preto à vermelho. Oque acabou me surpreendendo bastante. Flowey tremia em junto comigo em meu ombro.

O fantasma iniciou uma luta contra mim. Ele tinha um sorriso sádico no rosto, oque me dava medo, mas, por sorte, seus ataques não eram tão ruins quanto eu pensei, mas eram mais fortes do que os dos Froggits; eu acabei me machucando um pouco e Flowey ofereceu uma de suas balinhas para que eu me curasse e, por sinal, eram muito úteis.

Eu tentei sorrir para o Fantasma estranhamente quieto; foi um sorriso um pouco tímido, mas fez com que ele desfizesse seu sorriso assustador.

Flowey me ajudava com as balas, ataque após ataque, mas pouco adiantava, já que o Fantasma sempre conseguia me machucar um pouco mais.

Tentei ser um pouco mais simpática e contei uma piada ao novo monstro, que reagiu surpreso, embora ele sempre continuasse quieto.

Seus ataques foram ficando mais fáceis de evitar. Quando eu ia tentar mais alguma coisa, o Fantasma se pronunciou, dizendo "Me...Desculpe"

Sua cor havia mudado novamente para branco e sua expressão era mais suave, como se estivesse neutra.

Eu o perdoei prontamente, ele se desculpou novamente e se retirou do caminho, desaparecendo lentamente. Agora eu tinha duas opções de por onde ir: para cima ou para frente.

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