O homem dos meus sonhos...

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QUINTOUUU

ESPERO QUE GOSTEM.

*  * *

Medo, era tudo o que conseguia sentir ao abrir os olhos e se deparar com o quarto desconhecido em minha volta, também havia dor e uma estranha sensação de cansaço que percorria todo meu corpo, mas me negava a mergulhar novamente na dormência sedutora, mantenha os olhos abertos Amélia, se mantenha acordada... precisava voltar, era difícil manter os olhos abertos e mais ainda tentar movimentar minhas mãos, respirei fundo algumas vezes antes de puxar o grande número de fios presos em meus pulsos, caralho... uma dor percorreu meu braço, uma ardência constante, os bips se tornaram uma frequência única e algo começou a apitar forte por todo o grande cômodo.

Onde eu estava?, o que aconteceu?, ele... a voz "acorde menina", ele...

. - Elijha... Um nome incomum invadia minha mente, a curiosidade de ouvi-la me fazia sussurrar baixo, minha garganta não parecia familiarizada com o movimento, seca como tivesse tentado engolir uma pedra. - Elijha, Elijha.... O nome não me dava respostas mas tranquilizava minha mente, o toque, meus dedos dormentes repetiam a sensação frequente que senti enquanto estive submersa, mão frias e macias cercavam meus dedos, lábios quentes em minha testa, olhos de um azul intenso como faróis. - Elijha...

E então a dor, minha cabeça estava dolorida como se estivesse prestes a explodia, havia dor porém uma dor suportável, queria gritar mas as palavras saiam arrastadas e roucas. - Elijha... Elijha..

Levei minhas mãos trêmulas e dormentes ao rosto, havia uma faixa em minha cabeça, deslizei a ponta dos dedos em minha face, alguns poucos hematoma porém podia notar a diferença do contraste, parecia inchada, pressionei o pequeno incomodo de lado esquerdo em meu lábio e suspirei alto... Caralho.

Estava bem, estava viva, precisava de analgésicos, ao olhar para os minúsculos pontos em meu ante braço me arrependi de ter puxado aqueles tubos, algum deles era responsável pela morfina, e meu corpo logo cobraria pela ação.

. - ajuda... alguém... Elijha. Suplicava baixo negando a dor, alguns minutos de passaram o que me pareceu horas levando em conta o desespero que parecia me fazer companhia até que a grande porta branca em minha frente se abriu, uma senhora que parecia estar na casa dos 50 carregava um bandeja com sacos cheios de líquido amarelo ( soro presumi), assim que seus olhos foram até mim a bandeja de metal caiu de suas mãos, o barulho do objeto contra o carpete me fez revirar os olhos de dor, ainda estava zonza e com náuseas.

. - MEU SENHOR... JESUS CRISTO. Gritou com a mão no peito, parecia assustada e... aliviada?. - Você... minha menina... rezei tanto por isso. A senhora sorriu ao se aproximar, não a reconhecia, sua voz por mais familiar que parecesse não me dava conforto, suas mãos foram até meu pulso então recuei me arrependendo em seguida, a senhora se afastou e levou os olhos aos monitores que agitados em uma única frequência. - Você precisa deles... seu corpo precisa se acostumar aos poucos a se virar sozinho. Comentou se abaixando e pegando os pequenos fios, respirou fundo ao retirar as agulhas antigas e repondo um novo material.

. - Não... me... faça a a... dormir. Pedi e a mulher ao meu lado concordou, esticou sua mão e olhou nos meus olhos enquanto esperava minha reação.

. Não vou fazer nada que não concorde, isso. Levantou um tudo fico e transparente por onde um líquido crânio âmbar escorria suavemente. - Vai amenizar a dor no corpo e manter sua cabeça leve, e este. Ergueu o outro tubo. - Vai impedir que você vomite o líquido anterior, sei que é complicado, mas necessário.

O Segredo de Amélia Onde histórias criam vida. Descubra agora