Capítulo 9 - Pequena Mentira

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Bonnie

Trabalhei com sangue nos olhos a semana toda, meu pessoal sequer se atrevia a falar um: "A" comigo. Nunca senti tanta raiva.

Minha sorte é que meu contrato já tinha findado no dia do evento, mas provavelmente perdi alguns futuros clientes no meio daqueles almofadinhas de merda.

Paloma entra em minha sala me passa contratos, leio.

— Essa merda tá errada, qual o problema de vocês? — Paloma olha pra mim um instante, respira.

— Olha só, ninguém tá aguentando mais esse seu mau humor. — Estreito meus olhos. Suspiro.

— Desculpe. — Devolvo os documento, levanto, ajeito minha saia e apanho minha bolsa. — Vou almoçar, talvez não volte hoje, mas qualquer coisa estarei disponível, só me ligar. — Ela parece fazer uma prece aos céus. — Ainda posso te demitir.

— Pode, mas não vai, sou a única que te suporta. — Paloma está comigo desde o início, nos tornamos amigas e ela aguentou muita coisa quando eu fiquei mau após descobrir a traição.

Nem quero lembrar daquela praga, de nenhuma das pragas da minha vida. Tudo isso me tornou amarga, eu era tão divertida, gostava de curtir, era feliz, comecei a trabalhar, me dedicando a família, deixando tudo de lado, passando a curtir menos, viver menos. Será que foi por isso?

Afasto o pensamento, fiquei procurando uma razão, tentando entender o que faltou em mim, pra não ser eu, coloquei tudo embaixo dos panos e agora parece que isso vai me sufocar.

Entro no restaurante e sou guiada até uma mesa, leio o cardápio e faço o pedido, enquanto aguardo respondo meus e-mails, ainda ligo pra Carter, quando recebo uma indicação de empresa que ela me passa, nós temos uma espécie de sociedade, ela me passa algumas em troca eu passo outras pra ela também.

Às vezes a empresa já está tão no fundo do poço que não tem pra onde correr, ligo pra Carter e ela faz a mágica dela, investindo do zero.

— Bonnie, não acredito! — Sinto o sangue fugindo do meu rosto ao ouvir a voz de Myst, fecho os olhos rapidamente, e abro, não é ilusão.

— Oi... — Os dois, juntos, traidores, fecho minhas mãos em punhos. Estão sorrindo. Lindos e bem vestidos, parecem garotos propagada de revista, pera, é o que são. Dançarinos malditos. Só Carter teve sorte. Também, se Dan ao menos pensar em deixar a louca mata ele.

— Está sozinha? — Felizes, irradiando a maldita felicidade.

— Estou esperando uma pessoa. — Minto, mas ela nem me escuta, vai sentando.

— E aí Bonnie, como você está? _Dou um sorriso forçado pra Fábio.

— Tô ótima, melhor impossível e vocês? — Não respondam, eu não quero saber.

[DEGUSTAÇÃO] Bonnie - Trilogia Irmãos Sanders - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora