Capitulo 28

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9 dias depois

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9 dias depois.

Eu voltei ao clube e encarei Ravi novamente, porém ele agia como se nada tivesse acontecido, a minha ira era constante, não conseguia olhar na sua cara sem sentir desprezo e raiva.

— Parece que o Ravi gosta de te provocar..— Carmel falou baixinho enquanto pintava às unhas.

— O que está dizendo? — olhei de lado sentada na beirada da cama.

— Eu escutei ele falando que vai te levar para um jantar em sua fazenda particular, ouvi ele ordenando que pegassem seu carro.

— Mas que porra..

— Calma, é a hora perfeita para sua vingança, não se esqueça que ele vai ter o que merece! — me olhou firme e eu assenti sem hesitar.

— Eu vou me vingar, isso eu tenho certeza.— suspirei — Me deseje sorte, eu vou precisar! — me aproximei e dei um abraço rápido.

— Qualquer coisa me liga, e não esquece de abrir a bolsa antes, vai te ajudar! — exclamou e eu assenti sem entender o que significava isso.

Realmente Ravi tinha preparado um "jantar", só fui avisada algumas horas antes, e coloquei um vestido simples e calcei meus sapatos,

(Não iria me arrumar pra aquele embuste nojento)

Iam ser nove da noite e o tempo lá fora estava meio fresquinho.

Entrei em seu carro e seu sorriso era horripilante, me acomodei no banco sem trocar uma palavra e nem sequer olhar em seu rosto.

Merda, tomara que dê tudo certo.

— Mulher de poucas palavras, assim que eu gosto!— me olhou de lado.

Suspirei e permaneci em silêncio.

O caminho parecia longo, o meu coração palpitava e as minhas pernas tremiam a todo instante, minhas mãos estavam gélidas e minha garganta deu um nó.

— Gosta disso? —suas mãos nojentas deslizaram sobre uma das minhas coxas.

— Vai se foder, não encosta em mim!— falei entre os dentes.

Ele riu.

— Gostosa..— me ignorou e continuou com as mãos em contato com minhas coxas.

Peguei minha bolsa que estava do lado da porta e abri discretamente, sorri de lado assim que vi que Carmel tinha posto seu canivete lá dentro. Agora lembrei do seu lembrete, e tirei sem pensar duas vezes.

Apontei para as mãos de Ravi e dei uma pontada, ele tirou rápido pelo susto.

— O que está fazendo vadia? — me olhou irritado.

— Apenas fique longe..— ordenei com as mãos tremendo.

— Está muito atrevida pro meu gosto..— debochou e voltou às mãos para o meu corpo, dessa vez apertava as minhas coxas e subia quase até os meus seios, em um gesto brusco e violento.

Chega.

Em um impulso, perfurei suas mãos com toda força que eu tinha, fechei os olhos pois detesto ver sangue, ele deu um berro de dor e tirou rápido as suas mãos pingando sangue de cima de mim.

Suas mãos sangravam e a minha roupa também, até parecia que havia cometido um crime macabro, e ele ficou boquiaberto e acelerou o carro ainda mais.

Eu preciso sair daqui, ele vai querer me matar.

— Que porra é essa? Tá maluca?

— Para esse carro Ravi, você vai se arrepender! — tentei ameaça-lo com a voz trêmula.

— Não brinca comigo garotinha, você não sabe no que está se metendo.

Tirei os cintos e fiz menção de abrir a porta do carro em movimento.

Iria me machucar muito se fizesse isso, mas talvez era a única forma de tentar fugir, ele não tirava os olhos de mim, parecia estar irado.

Como num piscar de olhos, como um raio.. como um simples sopro, foi tão rápido que eu não percebi.

Ravi perdeu total o controle da direção e seu volante escapou das suas mãos como um deslize. Apenas um grito abafado foi a última coisa que eu me lembro ao ver que o carro estava sofrendo um capotamento na beira da estrada deserta.

E foi naquele exato instante que eu vi toda a minha vida passar diante dos meus olhos em milésimos de segundos, como um filme.

Onde os finais são sempre inesperados.

(...)

Stella Onde histórias criam vida. Descubra agora