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"Ela é filha do fogo..
Primeiro ela te queima, depois ela te beija, e é assim que você morre amor. É quem carrega o verão nos fios de cabelo, é quem recebeu o beijo do sol, é alma que transborda luz."
Já se perdeu algumas vezes no caminho, mas q...
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Capítulos finais.
— Porra! Como assim o bebê tá nascendo? — Felipe me olhou desesperado sem saber como reagir.
— Não é pra isso acontecer agora, ainda faltava um mês e pouco, caralho meu.. — murmurava nervosa.
— E o que faremos agora? — se aproximou e apoiei os braços ao redor do seu pescoço cautelosamente.
Juro que até tentei manter a postura, mas a minha vontade era de começar a gritar e chorar chamando pela minha mãe.
—Temos que ir pro hospital o mais rápido possível! Cacete, que aflição dessa parada que desceu aqui!— aquele líquido me deixou agoniada e parece mesmo que eu tinha feito xixi na roupa.
Conseguimos pagar por aqueles carinhos de golf pra nos levar até o estacionamento mais rápido. E o meu coração batia freneticamente e minhas mãos ficaram gélidas de uma hora pra outra.
— Tenta ficar calma, se você surtar eu vou ficar louco aqui.. por favor amor! — dizia tentando me acalmar, porém eu não conseguia prestar atenção em nada.
— Não tem como! Um ser humano vai sair de dentro de mim Felipe! Não tem como eu ficar calma porra! — falei entre os dentes tentando não berrar.
Entramos no carro, e foi aí que comecei a entrar em pânico de verdade. O hospital mais próximo fica só em Los Angeles, ou seja, duas horas até chegarmos lá.
— Liga pra Flávia, quem sabe ela pode ajudar! — ele deu partida ligeiramente.
Peguei o celular e tentei ligar pra ela por FaceTime.
— Droga.. eu esqueço que lá tá de madrugada já. Ela deve tá dormindo. — suspirei, foi então que eu vi que ela havia atendido rapidamente.
— Oi Flavinha. Desculpa ter que te acordar essa hora da madrugada!— falei de imediato. — Tudo bem.. — respondeu com a voz sonolenta. — Então.. a gente tava saindo do festival e a bolsa estourou.. — falei com dificuldade. — Calma, mantém a calma ok? Vocês já estão indo pro hospital né? — Sim, mas ele fica a duas horas daqui.. — Tenta controlar a respiração, a bolsa deve ter estourado por causa do esforço que você fez hoje.. geralmente acontece isso. — Mas vai ficar tudo bem? Eu não senti nada o dia todo, achei que estava normal. — Claro que vai. Pega seu celular e começa a cronometrar suas contrações, está tendo elas agora? — Um pouco, mas estão bem fracas ainda. — Você não tá na fase ativa. Tenta deitar o banco e manter os músculos relaxados. — Tudo bem, tudo bem..— suspirei e segui seus comandos enquanto Felipe dirigia concentrado, e a cada um minuto me olhava de lado. —Ainda dá tempo de chegar no hospital, não está dilatada. E não esquece de tudo que você aprendeu, e a anestesia pra dor tem que ser a peridural! — Entendi, obrigada por me atender! Eu e o Lipe já estávamos surtando! — Não foi nada, te desejo um bom parto. No fim dá tudo certo. Não foi dessa vez que vou fazer seu parto, mas da próxima vai ser, me mantenham informada!