Acordei com a luz invadindo a janela, com aquele sol radiante e caloroso de um sábado.
Me espreguicei e cocei os olhos ainda tentando abri-los, olhei para os lados e vi ele, dormindo feito uma pedra, estava com os braços esticados e totalmente nu assim como eu, o que nos cobria era só um fino lençol branco.
Levantei sem fazer muito barulho e fui ao banheiro do quarto, fiz xixi rapidamente e vesti com a mesma roupa de ontem, me fitei no espelho e vi que a minha maquiagem estava toda borrada e o meu cabelo todo embaraçado.
Peguei meus pertences, me sentando na beirada da cama pra calçar os meus sapatos. Até que o escutei acordando.
— Bom dia.. — ele disse com a voz rouca e meio sonolento, se sentando devagar na cama.
— Acordou a bela adormecida ? — resmunguei ainda de costas pra ele.
— Achei que ia ter café na cama poxa..— falou se aproximando de mim e me abraçando por trás.
— Quer que eu peça pra sua mãe trazer ? — disse irônica
— Qual é, queria que você fizesse, loirinha! — sorriu e eu revirei os olhos.
—Preciso ir, meus pais devem estar preocupados! — me desvencilhei dos seus braços e ele concordou com a cabeça.
— Me liga mais tarde, se quiser.. — falou enquanto eu ia em direção à porta.
— Me erra vai.. — sorri e ele mandou um beijo no ar.
(...)
Aquele é o Caio Ribeiro, não era meu namorado. É apenas um carinha que as vezes íamos pra cama.
Mas precisamente o meu colega de faculdade. E nem tínhamos muita proximidade, mas também não nos odiávamos, era um passatempo até legal.
Ontem à noite foi punk, saí com as meninas para um bar que sempre íamos e depois da décima tequila, já não lembro de mais nada. Só sei que estou dolorida.
Chamei um uber e fui pra minha casa, no caminho eu acabei cochilando pesado no carro, estava o pó.
Chegando em casa, entrei pé por pé e acredito que todos ainda estão dormindo, foi então que esbarrei sem querer na maldita mesinha de centro e xinguei até minha última geração ( sou muito desastrada ). Foi quando ouvi um barulho da cozinha e pude ver meu pai vindo pra sala. Droga!
— Isso são horas de chegar em casa Stella? — dizia enquanto segurava uma xícara de café.
— Não pai, é que você sabe..— hesitei — Ontem teve festa e acabei dormindo na casa da Gabriela.— tentei me explicar.
Odiava mentir pra eles, mas não tinha outra forma, até porquê eu não iria dizer onde realmente passei a noite.
— Você não é mais criança, já vai fazer vinte anos. Precisa se comportar melhor! — ele me repreendeu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Stella
Romance+18 "Ela é filha do fogo.. Primeiro ela te queima, depois ela te beija, e é assim que você morre amor. É quem carrega o verão nos fios de cabelo, é quem recebeu o beijo do sol, é alma que transborda luz." Já se perdeu algumas vezes no caminho, mas q...