Perdido

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A solidão é perfeita como um rasgo entre  as nuvens, ao último sonho.

A solidão  que se cala em teu fundo e vai envelhecendo  na terra perdido do som descompassado. 

Te guardas na intimidade dos armários,  onde a paz é negra e se desagrega a luz.  Nunca foste mais do que uma ficção, matriz  de riso e sombra, um poço verde, teorema   de ilusões, engrenagem de poentes roxos.

E,

agora, frouxo, já nada designas ou  desenhas. És, apenas, testemunha efémera   e longínqua, trovão engolido de Deus,  fingidor ferido de doces cantos, mentira  precária nas cordas de uma harpa febril.

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O Anjo Sem AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora