Prisão

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É esse teu escárnio que me divide,

Nessa luxuria impregnada de razão, nesses fetiches sem emoção

É esse teu fel que me ludibria

Marcada na noite em que a neve derreteu por entre meus dedos

Sentindo o frio que me aprisionava aos teus passos, sem que eu pudesse

Sem que eu ao menos quisesse

Seguir pelo outro caminho, pois minha alma escorregadia inflamava por tuas feridas

Inconstantes partidas.

É esse teu pharmaco que me impõe

Diante do frio, que queima minha pele

É esse teu labirinto que me aprisiona

Na névoa, que me cega,

Nos desejos impuros

É esse teu riso indulgente

É esse teu toque indiferente

Que me aprisiona no tumulo

De teu cadáver indigente.!

O Anjo Sem AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora