the sky itself will carry me (back to you)

sleepless nights you creep inside of me

Elas estão em pé no meio do saguão de entrada, e os alunos precisam se virar rapidamente para evitar acertá-las, mas não prestam atenção a ninguém, a não ser uma a outra. Lexa suaviza suas vestes pretas simples de Hogwarts enquanto Clarke a olha de cima a baixo.

— Você está realmente aqui.

— Eu sou de fato — Lexa assente com a cabeça.

— Eu nunca cheguei a me apresentar naquela noite, no seu quarto — Clarke diz com um sorriso tímido. — Meu nome é Clarke Griffin.

Lexa estende a mão. Clarke se sente como se tivesse superado o nível de apertar as mãos, já que elas já haviam dado as mãos por uns dez minutos quando se conheceram, mas ela se obriga de qualquer maneira. A mão de Lexa é tão macia e quente quanto ela se lembra.

— Lexa Woods.

Há um momento de silêncio entre elas, mas Clarke o quebra antes que ele se torne muito estranho.

— Alguém já te mostrou a escola?

A expressão legal de Lexa falha um pouco.

— Mostraram-me o escritório do diretor e o banheiro feminino no terceiro andar, perto do escritório do diretor, e o Great Hall.

Clarke balança a cabeça em desapontamento simulado.

— Vamos lá, eu vou dar-lhe um bom passeio, castelo e terrenos incluídos. Eu posso até te apresentar a Lula Gigante. Ele é um fã de torrada francesa, a propósito, se você quiser fazer um amigo rápido.

— Vocês têm uma lula gigante no castelo? — Lexa pergunta desconcertada.

— Oh, não — Clarke ri. — Se você olhar por qualquer janela no lado sul do castelo, verá o Grande Lago, é onde ele mora.

— O seu diretor aprova essas criaturas residindo nos terrenos? — Lexa questiona curiosamente. Ela estreita os olhos para uma estudante que bate em seu ombro e a envia cambaleando para frente.

Clarke pega sua varinha e aponta para os pés do aluno infrator. Ela acena e ele tropeça nos cadarços desamarrados de repente. Lexa arqueia uma sobrancelha, como se perguntasse se isso era realmente apropriado, e Clarke encolhe os ombros casualmente.

— Eu não acho que o professor Jaha tenha muito controle sobre as criaturas que vivem por aqui, para ser honesta — diz ela em resposta à pergunta anterior de Lexa. — Especialmente não na Floresta Proibida, que cerca a maior parte do castelo.

A outra sobrancelha de Lexa também se levanta.

— A Floresta Proibida? Esse é um nome bem estranho para uma floresta.

— É um nome apropriado — Clarke diz sabiamente. -/ Há criaturas escondidas lá que eu odiaria encontrar; acromantulas, lobisomens, Bugbears sugadores de sangue...

— E, no entanto, a floresta permanece aberta e facilmente acessível tanto por funcionários quanto por estudantes — comenta Lexa secamente.

— Ah, e não se esqueça de que temos aulas lá também — Clarke informa. — Cuidado com Criaturas Mágicas, para ser exata.

— Hogwarts é realmente uma escola fascinante, não é? — Lexa solta uma risada.

— E eu ainda nem comecei a turnê — Clarke diz alegremente. — Venha, vamos.

(...)

Elas terminam a turnê de volta onde começaram — no Hall de Entrada — e Clarke está sorrindo tanto que suas bochechas doem. Lexa é engraçada de uma maneira sarcástica, e ela faz Clarke se sentir à vontade com sua mera presença. Ela não se sentiu tão confortável com uma pessoa tão rapidamente antes; a sensação é quase surreal.