Capítulo 2

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Se eu não fosse uma felizarda que trabalharia diretamente com ele, provavelmente me juntaria ao povo ensandecido no meio da rua

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Se eu não fosse uma felizarda que trabalharia diretamente com ele, provavelmente me juntaria ao povo ensandecido no meio da rua. Mas eu era uma sortuda filha da mãe!

Respirei fundo e atravessei a rua, tentando manter a calma. Quando passei pela portaria do GAC, sorri, pronta para mais um lindo dia de trabalho. Eu não sabia, mas naquele momento, dava o primeiro passo em direção ao futuro.

Durante os meses em que estive trabalhando no Gladiadores, aquela era a primeira vez que eu me deparava com um caos tão grande. Os minutos que antecediam a chegada de Leo tinham transformado o lugar num pandemônio. Eu fui inocente ao achar que os repórteres que vi do lado de fora representavam a imprensa que cobriria a grande notícia. Aqueles, pelo visto, eram os excluídos. Do lado de dentro a correria e a preparação de câmeras me dava a noção do tamanho do acontecimento.

— Cuidado! — Ouvi o aviso no instante em que pulei por cima de aparelhos amontoados no chão.

Olhei para trás, sem acreditar que por pouco não tinha tropeçado em câmeras caríssimas que me custariam o salário de três meses, ou mais, de trabalho. Agradeci pelos meus reflexos rápidos e controlei a vontade de mostrar o dedo do meio para o homem que me fuzilou com os olhos.

A sede do Gladiadores era imensa e maravilhosa. Além das equipes de futebol — feminino e masculino — ela ainda abrigava os ginásios de basquete, vôlei e o estádio do futebol profissional.

No meio de todo o tumulto, meu tio foi a primeira pessoa da comissão técnica que eu encontrei, ou, a julgar pela forma como ele estava parado no meio do túnel que ligava a sede ao estádio, talvez já esperasse por mim.

— Você está bem, Duda? — Ele se aproximou assim que me viu.

Corri na direção dele com um sorriso enorme, mas ao imaginar como devia parecer uma idiota, escondi o sorriso. Tio Evandro me analisou e minha boca criou vida, meus lábios descolaram um do outro e mostrei novamente meus dentes. Minha nossa senhora! Eu estava mais surtada do que pretendia demonstrar. Nem consegui disfarçar minha falta de fôlego e meus olhos arregalados.

— Ele chegou? — Tapei a boca com as duas mãos porque minha voz saiu fina e alta demais. Controle-se, garota!

— Bom dia para você também, querida! — Ele abafou uma risada. — Leo ainda não está aqui.

[DEGUSTAÇÃO] Um Show de Bola (DUOLOGIA ARTILHEIROS 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora