[DEGUSTAÇÃO] Um Show de Bola (DUOLOGIA ARTILHEIROS 1)

Capítulo 4

Oieeee, boa tarde amorecos!

Chegou o dia de mais Duda e Leo... E aos poucos as coisas vão esquentando... Bora?

O tempo nunca pareceu passar tão devagar. Enquanto eu esperava a chegada de Leo, fui três vezes ao banheiro com dor de barriga, de tão nervosa que estava. Durante minha última visita ao local, depois de lavar as mãos, joguei um pouco de água no rosto e me olhei no espelho. Mas que droga! Eu precisava ter acordado com olheiras tão aparentes justamente naquele dia?

Ajeitei a camisa do uniforme, colocando as pontas soltas novamente para dentro da calça e voltei para o centro de treinamento. Leo já estava lá, cercado de técnicos, preparadores e fisiologistas ouvindo as instruções atentamente e respondendo perguntas que lhe eram feitas.

Eu queria chorar de emoção, mas precisava trabalhar. Ou, no caso, fingir que estava trabalhando. Respirei fundo e comecei a ajudar alguns jogadores a vestirem o colete com monitor cardíaco para o treino externo.

Com todo o alvoroço e burburinho por causa da presença de Leo, era difícil me concentrar. Cada vez que ouvia a voz dele, sentia minhas mãos tremerem e meu rosto esquentar. O homem nem estava falando comigo e eu já estava ruborizada. Fala sério, Maria Eduarda! Controle-se!

— Terra chamando Duda — Mateus, um dos reservas do time, sussurrou para mim.

Levantei a cabeça e o encontrei gargalhando.

— O que foi? — perguntei.

— Você está me dando o colete do lado do avesso.

— Ela fez a mesma coisa comigo — Pablo pigarreou, atraindo a minha atenção. — Ô Chaveirinho...

Virei o tecido para o lado certo e ergui a cabeça, encabulada, quando vi que a comitiva de Leo se aproximava. Ramos e meu tio chamaram os jogadores para o lado de fora e as pessoas começaram a se dispersar.

— Duda! — Congelei quando Gil me chamou, se aproximando de mim e trazendo Becker logo atrás.

Abri a boca quando os dois pararam diante de mim, mas a fechei em seguida. Eu devia falar alguma coisa? Meu rosto quente e os olhos de Leo em cima de mim não me deixavam pensar direito.