Para Siempre, Binuel

Capítulo 3: Um simples estranho

{Bia narrando}

O Manuel é tão fofo, lindo, carinhoso e perfeito. Achei que se eu não falasse com ele, ele iria embora mas me esperou até estar pronta para falar algo e ficou ao meu lado por muito tempo.

Não achei que ainda existia pessoas como ele no mundo. Por um momento eu esqueci de tudo, da minha mae, do meu medo de cantar, do barulho da festa, e me concentrei nele, somente nele.

Ele estava sendo tão gentil comigo, e fomos nos aproximando quando eu finalmente tomei coragem pra falar algo.

Bia: Muito obrigada Manuel, você não sabe o bem que fez pra mim esse momento, até porque você não tinha nenhuma obrigação de estar aqui, valeu mesmo.

Manuel: Eu tinha que fazer algo, não suportaria te ver triste.
Bia: Tem alguma coisa que eu possa fazer para te agradecer por tudo?
Manuel: Na verdade sim, me promete que sempre que estiver triste por algo, lembra que você tem o sorriso mais lindo do mundo e ele não pode ser disperdiçado nem um segundo ok? E quando quiser me contar sobre o porquê de ter ficado assim eu vou estar aqui, não se preocupa.

Não consegui me segurar e dei um abraço nele. Me senti segura, como se nada de ruim no mundo existisse. Ainda no meio do abraço tomei coragem e falei.

Bia: É por causa da minha mãe.
Manuel: O que aconteceu com ela? Desculpa, se não quiser não precisa contar, sou quase um estranho para você.

Sim, ele era quase um estranho, mas algo dentro de mim dizia que eu podia confiar nele e finalmente revelar pra alguém toda a verdade. Ninguém sabia o motivo. Mas algo dentro de mim dizia que nele, eu poderia confiar.

Bia: Ela amava cantar mas na sua última turnê ela sofreu um acidente e...

Ele viu que eu estava quase chorando novamente e segurou minha mão, num tom delicado que me passava paz disse:

Manuel: Eu sinto muito, não devia ter insistido no assunto. Mas não fica mal, tenho certeza de que ela te ama e que sempre vai estar com você.

Ao ouvir as palavras dele, me acalmei, era como se sua voz fosse um calmante imediato. Naquele momento, até acreditei que tudo estava bem.

Bia: A maneira que eu consigo me lembrar dela é por meio da música, mas pra mim é algo particular, entre eu e ela, por isso não gosto de cantar em público.
Manuel: Eu entendo. Não se preocupe, não vou dizer nada a ninguém, mas para o que precisar, conte comigo Bia.

Estávamos chegando mais perto, e mais perto até que alguém entra no terraço rapidamente...

xXx: O que você faz aqui Manuel? Temos que ir.