Pânico

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Preciso alcançá-la a todo custo.
O serero da noite molha meu rosto enquanto corro em direção a saída principal. Quando estou próximo a entrada vejo François, o nosso segurança entrando com uma mão no ombro e semblante de dor. Vejo sangue escorrendo do local onde ele aperta.

François!  Que s'est-il passé?(François! O que aconteceu?)

Ele olha com expressão de dor e responde.

J'ai essayé de l'arrêter, mais il l'a prise.  Il a pris Miss Sakura! (Tentei impedir mas, ele a levou. Ele levou a senhorita Sakura!)

Por um momento sinto meu mundo desabar. Não demora, Itachi e Naruto chegam em seguida. Estou atônito olhando para o nada.

— O que houve aqui? — Meu irmão grita ao ver o estado de François. — Quelqu'un appelle une ambulance! — Ele grita pro outros seguranças ali.

— Teme! O que aconteceu aqui? Cadê a Sakura-Chan? — Naruto me sacode, me tirando do meu transe e eu encaro seus olhos. Algo repentinamente cai em minha memória.

Sakura caminha até a varanda, que dá acesso ao jardim. Meu pai começa seu anúncio quando eu a alcanço.

— Quero a atenção de todos! — Nosso pai fala quando eu finalmente alcanço o braço de Sakura, que dá um pulo com o susto.

— Ei! Sou eu! — A tranquiliso, mas noto um pouco de pânico em seu olhar.

— Sasuke! — Elas diz, num misto de alívio e tensão.

— Aconteceu algo? Você parece nervosa... — Pergunto, mas ela continua, falando rápido e tropeçando em suas palavras.

— Ele está aqui... Ele... — ela soluça em meio às palavras — Ele está aqui...

— Do que está falando? Ele quem? — Pergunto preocupado.

— SAKURA HARUNO! — Nosso pai a anuncia e uma forte salva de palmas é dada, o que acaba por acobertar sua voz que me dizia algo.

— Sasuke... A cobra... Ele...

— Vem cunhada, o papai te espera — Itachi a puxa em direção às escadas sem que eu pudesse entender.

— Você não entende... Sasuke... — Seu olhar gritava por mim assim como as palavras nos seus lábios.

— A Cobra... Eu já ouvi isso antes... Mas onde...  — A lembrança do dia em que a encontrei quase sendo abusada por delinquentes nas ruas de Paris veio a minha mente. Sakura nunca havia me falado de seu passado, sempre fugiu desse assunto, mas eu sabia que era algo terrível pela sua reação a tudo aquilo. E, quando já em casa, em meio ao seu sono inquieto naquela noite, ela chorava ao repetir isso.

A cobra... Não... Por favor, não... Cobra...

— COBRA! — Grito olhando para Naruto. Depois volto os olhos para Itachi. — As câmeras de segurança... Estavam ligadas?

— Sempre estão irmão, por que...

Eu não o espero e corro de volta para mansão atravessando o salão em direção ao escritório quando vejo Hanabi em prantos.

— Eu não a encontro! — Ela chora, falando com meu pai.

— O que está havendo? — Pergunto.

— Saeko! Ela não está em lugar algum. Já a procurei por todos os lados! — Eu respiro pesadamente. Aquela mesma sensação de impotência me toma e eu volto a caminhar para o escritório sem me importar com a quantidade de pessoas ali.

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