Murilo permite que Vitor faça a festa na sua casa

32 3 0
                                    

Murilo chega em casa nervoso e Vitor está tomando um suco na cozinha. 

- Pai, aconteceu alguma coisa?

- Não, só estou cansado.

- Posso conversar contigo agora?

- Deixa eu tomar meu banho primeiro.

- Tá.

No chuveiro, Murilo começa a lembrar dos beijos da Olívia, ele fica ofegante e coloca o chuveiro no frio. Murilo toma banho e já está mais relaxado, ele senta no sofá, Vitor pega um copo de suco pra ele e um misto quente.

- Aqui pai que eu fiz pra você.

- Obrigado, filho. 

- Posso falar agora?

- Filho, não é sobre essa Olívia não, né?

- Pai, pára de implicar com a garota. Olha só, só pra você saber, a Olívia é órfã, sabia? Ela precisa de ter amigos, precisa de pessoas que gostam dela. Deve ser horrível não ter pai e nem mãe.

- Órfã? Quem te disse isso?

- No dia que ela me trouxe, ela contou que os pais morreram e deixaram a herança pra ela.

Murilo lembra da Olívia dizendo que o pai dela esqueceu de pegar ela na porta da escola, e desconfia que ela armou pra ele levar ela em casa.

- O que foi pai?

- Nada filho, mas me diz que assunto é esse que você quer falar?

- Pai, eu posso fazer uma festinha aqui em casa sábado com o pessoal do curso?

- Claro que não!

- Porque pai?

- Eu não quero nossa casa cheia de gente estranha. E outra coisa, eu sou o professor, não quero intimidade com alunos.

- Pai, eles não sabem que você é meu pai. Só a Olívia, mas ela é fechamento. Você se tranca aqui no seu quarto e ninguém vai te ver. Eu prometo acabar meia noite em ponto.

- Não filho! Vou virar prisioneiro na minha própria casa!

- Pai, vai ser a chance pra eu conquistar a Olívia, por favor, me ajuda.

- Eu não quero a Olívia aqui, filho.

Vitor se irrita.

- Porque??? Você sabe que eu gosto dela! Poxa, até nisso você quer me atrapalhar? Que ódio!

- Filho, olha só, eu vi ela se jogando pra cima de um rapaz lá do curso.

- De quem? Qual o nome?

- Não sei o nome, mas ela tava se oferecendo.

- Pára de inventar mentiras pai. 

- Me respeita garoto.

- Tá bom pai, se você não quer que eu faça festa aqui, eu vou na festa na casa de outro aluno, porque a festa vai ter em algum lugar. E aqui não corre o risco de ter drogas, na casa dos riquinhos com certeza vai ter.

Vitor se levanta e anda em direção ao seu quarto.

- Vão ser quantos jovens nessa festa?

Vitor volta na sala.

- Uns 20.

- Você promete que não vai permitir que usem drogas? Porque se eu sentir um cheirinho de um fumo qualquer, eu saio do meu quarto e coloco todo mundo pra correr. Aí todos vão ver que você é filho do seu professor.

- Eu prometo pai.

- Tá bom, então tá liberado até meia noite.

Vitor começa a festejar e dá um beijo no rosto do pai.

- Obrigado paizão! Te amo.

- Também te amo, filho.

ObcecadaOnde histórias criam vida. Descubra agora