Olívia vai à delegacia e diz que Murilo tentou abusar dela

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Primeiro Olívia vai até a comunidade e compra uma arma de um vagabundo, depois vai pra frente da casa de Vitor e Murilo. Ela espera Vitor ir pra faculdade e invade a casa deles pulando o muro. 

- Boa noite professor!

Murilo está sentado lendo um livro. Ele olha assustado pra ela.

- Olívia, abaixa essa arma. - Diz o professor assustado.

- Eu não vou te matar, mas eu trouxe essa arma com medo de você me matar.

- O que você quer Olívia?

- Você sabe muito bem o que eu quero. Eu quero você.

Ela se aproxima dele com a arma apontada e começa a beijar no pescoço dele.

- Eu só quero você e mais ninguém, fica comigo só essa noite.

- Não Olívia, eu já disse que o que houve naquela noite, não vai ter mais.

- Olha, não seja malcriado que eu tô armada.

- Olívia, você pode até me matar, mas eu nunca mais vou levar você pra cama. Então ou você me mata ou some da minha vida.

Ele empurra ela e ela cai sentada no chão.

- Seu bosta!  Isso não vai ficar assim, tá ouvindo?

- Eu vou chamar a polícia, Olívia.

- Não, eu vou embora. Me desculpa, eu já tô indo. Não chama a polícia não, por favor. Minha babá tá muito doentinha, ela pode ter um infarto se acontecer algo comigo. Você conheceu ela hoje, não foi? Você viu como ela é frágil.

- Tá bom, tá bom. Então vai e nunca mais se aproxime de mim e nem do meu filho.

- Tá bom. Tchau, pra sempre.

Olívia sai da casa e vai num matagal longe dali e enterra a arma. Ela vai até a delegacia e faz queixa que Murilo tentou abusar dela.

Na delegacia...

- Eu fui lá pra ter uma aula de reforço em espanhol, aí ele começou a passar a mão em mim e me agarrar. Ai meu Deus que vergonha! Eu gritei bem alto e ele me soltou, eu consegui correr e como tava muito abalada, parei meu carro numa estrada pra chorar.

- Foi a primeira vez que ele faz isso com você? - Pergunta o delegado.

- Não, a primeira vez foi na escola Falando em Línguas. Eu gritei, a diretora veio e ele ficou nervoso e me bateu na frente de todos os alunos e ninguém fez nada.

- Nem a diretora?

- A diretora afastou ele do cargo de professor.

- E mesmo depois disso você teve a coragem de ir lá estudar?

- Ele me pediu perdão, e que nunca mais iria agir assim comigo e eu acreditei. E também, o filho dele, o Vitor, iria estar lá, mas ele foi pra faculdade e eu fiquei sozinha com esse tarado.

- O filho sabe que o pai faz essas coisas?

- Sabe, mas passa a mão na cabeça do pai, mas eu entendo, pai é pai, né?

O delegado vai até a casa de Murilo e leva ele pra delegacia. 

- Delegado, é mentira dessa louca! Ela sofre de transtorno, fazia tratamento com um psiquiatra e tudo, mas parou de se tratar. Por isso tá doida assim. - Diz Murilo revoltado.

- Como o senhor sabe disso, professor? Não é uma coisa muito particular da aluna pro senhor estar sabendo?

- A babá dela me contou, quando eu fui na casa dela, ela me contou tudo isso que eu falei pro senhor.

- O que o senhor foi fazer na casa da aluna?

- Meu filho tinha desaparecido e eu sabia que essa maluca tava escondendo ele e então procurei ajuda com alguém da casa dela, tem que ter alguém lúcido nessa família. Então, encontrei a babá.

- E ele foi dar ouvido pra uma velha que tá esclerosada desde a morte do marido marinheiro dela? Me poupe, professor. Delegado, o senhor vai acreditar nesse tarado?

- Senhorita, eu preciso conversar com sua babá.

- Ela viajou pra Minas pra um enterro e nem sei quando ela vai voltar. Mas pode chamar a diretora da Escola Falando em Línguas que ela vai confirmar o abuso dentro da escola.

- Você mentiu garota, você que queria me agarrar. - Diz Murilo.

- Eu tão franzina como iria agarrar um homão como o senhor, professor? Acorda!

- Delegado, ela chegou na minha casa hoje com uma arma, me ameaçando de morte.

- Ahh, agora eu ando armada? Delegado, pode ir na minha casa, pode revistar meu carro, eu não tenho nem arma. Mentiroso e tarado!

- Eu vou averiguar essa história direitinho. Amanhã estarei indo até a escola pra poder buscar algumas informação. Quanto a arma, vou fazer uma busca na sua casa e no seu carro.

- Por mim tudo bem. - Diz Olívia.

Olívia dá um sorrisinho e Murilo fica preocupado.

- Vocês podem ir e o senhor professor, mantenha a distância da casa, da escola e da vida da jovem Olívia.

- É tudo que eu mais quero na minha vida, delegado. Distância dessa aí. -  Finaliza Murilo.

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