Memories

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Quando o médico passou em meu quarto pelo amanhecer para informar que tinha sido liberada eu agradeci mentalmente. Odeio hospitais. Me arrepio só de pensar. Enquanto estava no banho, minha mãe havia trago algumas roupas de casa, para eu usar quando saísse. Visto-as rapidamente e saio em direção ao quarto.

O ar puro que sinto ao cruzar as grandes portas de vidro que da para o estacionamento, faz com que me sinta mais leve.

O caminho até minha casa foi rápido, apesar da parada na farmácia para comprar meus remédios.

O carro mal parou e já avisto Jocelyn correndo em minha direção.

— Amiga. — ela vem ao meu encontro e me puxa para um abraço. — Tão bom ver você, está melhor? Você me deixou preocupada. Nunca mais dá esse susto na gente por favor.

— Calma mulher, estou bem, apenas cansada. — a respondo quando ela me solta e sigo em direção a minha casa.  — Que saudades estava do meu quartinho. — digo quando cruzo o corredor em direção ao meu quarto.

— Bom, com o tempo que irá passar aqui, certeza que não vai sentir tanta saudade. — a Jocelyn diz se sentando ao meu lado na cama.

— Com uma playlist certa e meus livros aqui comigo, nem vou perceber o tempo passar. — digo.

— O primeiro remédio é daqui uma hora viu mocinha. — minha mãe diz.

— Tá bom mãe.

— Eu vou indo Liz, deixar você descansar. — a Jocelyn fala se levantando. — Até mais tarde. — a mesma joga um beijo no ar e sai do quarto fechando a porta, onde acabo adormecendo logo em seguida.

" —Joel e Maeve. — a mãe do Joel aparece na janela da cozinha. — Venham comer, o almoço está pronto.

— Aposto que eu chego primeiro lá. — Joel diz tudo embolado, pois tínhamos apenas 5 anos.

— Eu vou chegar. — mal termino de falar e ele sai correndo na minha frente. — Assim não vale.

— Ganhei. — Joel faz fusquinha para mim e lhe devolvo, mostrando a língua.

— Vamos parar vocês dois. —Dona Patrícia olha seria para nós dois, mas não se aguenta e começa a rir. — Vocês dois não tem jeito mesmo. Vamos lavar as mãozinhas antes. — ela pega o Joel no colo, o mesmo já estava sentado na cadeira, quase atacando a comida.

— Joel não sabe brincar, ele rouba. — digo estendendo minhas mãos para a mãe do Joel as enxugá-las.

— Você que não correu rápido. — ele diz rindo.

— Ta bom crianças, agora vamos comer, depois vocês continuam essa discussão. — ela diz se sentando na cadeira e colocando nossos pratos. "

Novamente acordo um pouco atordoada. Tive esse sonho estranho novamente, com um garoto que não conheço. Eu tô ficando louca? Não, acho que não. Bufo. Preciso me distrair. Mas antes tomo meu remédio, que minha mãe havia deixado em cima da cômoda.

Vou em direção a prateleira do meu quarto onde se encontra meus livros favoritos. Percorro os dedos por variados tamanhos, cores e gêneros, até chegar ao meu favorito. As páginas gastas indicam as inúmeras vezes que o folheei. O pego e volto para cama.

(...)

Meu celular toca no criado mudo, o tiro do carregador para ver quem era. Jocelyn.

—Acredita que a Dona Matilde ficou sabendo agora do seu acidente? —Jocelyn fala tudo rapidamente que me pego rindo. —Até nestante estava aqui reclamando por você não ter vindo trabalhar esses dias.

Connected • Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora