I dont know

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Joel P.O.V

Depois de ter levado uma bronca de Christopher por ter atrasado, finalmente o tão esperado churrasco estava acontecendo. Christopher vem falando disso há meses. Ninguém aguentava mais.

—Quem quer uma cerveja? —pergunto e Rich e Zab levantam a mão. Vou em direção ao freezer que tem ali em busca das bebidas. Sinto alguém em meu lado e logo uma voz conhecida preencheu o lugar.

—Christopher te xingou também? —Liz pergunta.

—Sim. Mas é só drama. —pego as bebidas e fecho o freezer.

—Ele merece um Oscar para melhor pessoa dramática. —me pego rindo de sua resposta.

—Oh se merece. —comento.

—LIZZZZZ VEM CÁ VAMOS DANÇAR. —Jocelyn grita de algum canto quando "Invocada" começa a tocar.

Liz sai correndo que nem o papa léguas para se juntar com a amiga.

—Eu amo essa musica. —Liz diz e começa a dançar a coreografia da música junto com Jocelyn.

Entrego as bebidas para os meninos sem tirar os olhos da Liz, digo, das meninas. As duas dançam muito bem.

—Limpa a baba Pimentel. —Rich caçoa da minha reação.

—Não enche. —resmungo.

Me jogo em um dos sofás ali e tomo um gole de cerveja.

—Ei! —Velez me cutuca. —Aconteceu algo entre você e a Liz?

—Não. —minto. Não queria falar nada com eles, ainda mais sobre o beijo. Os conheço tão bem e sei que eles não me deixariam em paz.

—Vi você saindo do quarto dela agora a pouco.

Droga.

—Aa, isso é...estávamos assistindo série e acabamos dormindo. —ele da um sorriso malicioso e da um tapa em meu braço. —Ai, para de me bater.

—Ae meu muleque! —ele diz alegre. —Tá aprendendo.

—Não Christopher, nós apenas dormimos. —retruco. Ele revira os olhos quando termino de falar.

—Ainda tem muito que aprender então. —ele deposita três tapinhas em minha costas.

—Cala a boca. —solto um sorriso e volto a observar a Liz dançando.

[...]

A noite havia chego e Zabdiel estava desmaiado de sono no sofá da área. O som alto ainda rolava e as comilanças também. Do nada as luzes se apagam e Jocelyn vem ao nosso encontro segurando um bolo para o Velez.

—Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!!!

Umas 30 velas estavam acessas em cima do bolo.

—Onde vocês conseguiram um bolo? —Velez pergunta ainda surpreso.

—Escondemos na geladeira desde o primeiro dia. —Rich fala.

—Muito obrigado gente. Obrigada meu amor. —ele beija Jocelyn.

—Eca. Para de distribuir saliva e apaga essa vela. —Erick grita.

Christopher assopra todas as velhas e as luzes acendem novamente.

—Fez um pedido? —pergunto.

—Claro, e ele vai se tornar realidade agora. Creio eu. —Velez chama a atenção de todos quando termina de falar. —Jocelyn, Você é a melhor pessoa que conheço, a amiga mais pura, a mulher mais encantadora. Cansei de fugir, de me enganar, de desistir de ser feliz. A verdade é que pretendo mais do que esta amizade linda que temos.

Nessa altura todos já sabiam o que iria acontecer.

—Eu desejo o melhor para nós e isso depende do nosso futuro. Eu quero sentir seu abraço, seu beijo e escutar sua voz no meu ouvido. Eu quero amar e cuidar de você sem preconceito. —ele prende a respiração por alguns segundos. —Você aceita namorar comigo?

—É claro que aceito!!! —Jocelyn exclama, fazendo com que nós déssemos gritinhos e assobios. —Namorar com você era tudo que mais queria, é um sonho tornado realidade! Talvez por isso ainda nem acredite que você quer o mesmo que eu quero, que nos queremos para sempre.

—Awn que lindos. —Liz comenta. —Parabéns cunhadinho. —ela abraça Chris e depois sua amiga.

Em seguida foram eu e os meninos desejarem felicidades pro casal.

[...]

Estava com uma sede danada e fui na cozinha buscar uma água. Dou de cara com Liz em uma escada pegando algo do armário.

—Oi. —digo.

—Puta que pariu Pimentel. Quer me matar? —a mesma me olha e me fuzila.

—Desculpa. —abro a geladeira e pego água. —O que tá fazendo?

—Estou procurando os guardanapos. Eu juro que eu vi eles em algum lugar por aqui. —ela mexe nos armários.

—Quer ajuda? —me prontifico.

—Não, obrigado. —ela sorri. —Eu sei que eles tão aqui. —ela se estica um pouco mais do que devia e a escada em que estava acaba escorregando, fazendo com que ela desequilibrasse. Sorte dela foi que estava perto e corri para segura-la.

Ela cai sentada em meus braços no momento em que a escada virou. Ficamos nos encarando por alguns segundos até que escutamos passos e coloquei ela no chão.

—Achou os guardanapos Liz? —Erick entra e nos olha desconfiado.

—Ann..não achei. Eu jurava que tava aqui. —ela se afasta de mim e começa a procurar nos armários em baixo. —Achei. —ela pega o pacote e joga para Erick, que sai satisfeito.

O clima ficou estranho depois desse ocorrido, e Liz sai da cozinha sem ao menos olhar para mim novamente. Começo a pensar se a idéia do beijo foi boa, ela ficou completamente esquisita depois dele. Tento ignorar o que acabou de acontecer e volto para o fundo da casa onde encontro os outros. Tenho esperanças que uma hora ou outra ela vai dizer o que tanto a incomoda.

—Cadê a Liz? —Rich pergunta assim que me vê.

—Não sei. —dou de ombros. Vejo que Jocelyn me olha atentamente e depois some pra dentro da casa. Ela deve ter ido atrás de Liz.

Liz P.O.V

Ouço batidas na porta do meu quarto e já reviro os olhos imaginando quem deve ser.

—Entra Jocelyn. —grito e me sento na cama.

—Como você sabe que sou eu? —ela pergunta depois de ter entrado e fechado a porta atrás de si.

—Sabendo. —dou de ombros.

—O que aconteceu? Joel chegou esquisito lá nos fundos. —ela se senta ao meu lado e eu levanto minhas pernas, abraçando-as.

—Nada.

—Liz... desembucha, anda. —ela me cutuca com o cotovelo.

—Aí tá bem, tá bem. —suspiro. —Eu cai nos braços do Joel enquanto procurava o bendito guardanapo. E meio que a gente ficou se encarando bem de perto.

—O QUE? —tampo o ouvido depois do grito que minha amiga deu.

—Pra que gritar, eu to do seu lado. —resmungo. —Foi isso que aconteceu.

—Tá mas porque ele tá com a cara de quem comeu e não gostou? —às vezes Jocelyn solta cada expressão maluca que sempre me faz rir.

—Deve ser porque eu sai depois que o Erick nos interrompeu.

—Aí Liz, desculpa amiga mas você é uma tonta de mão cheia. —sinto a mão pesada da minha amiga no meu braço.

—Você tem que parar com essa mania de bater nos outros. —aliso o local do tapa.

—Não muda de assunto menina. Eu sei que você quer o mesmo que ele. —me deito na cama.

—Eu não sei o que eu quero. Não sei. —Jocelyn se deita ao meu lado e ficamos encarando o teto em silêncio.

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