Noche inolvidable

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Liz P.O.V

Eu estava sem palavras e sem reação alguma. Assim que terminei de ler a última linha do livro, congelo. Fico minutos olhando por aquelas letras, com as lágrimas descendo cada segundo mais. Joel acabara de me pedir em namoro de um jeito super fofo e perfeito.

A campainha de casa toca e desço correndo, pulando varios degraus para chegar o mais rápido possível até a porta. Assim que abro, dou de cara com a pessoa responsável por tudo isso. Joel.

Lá estava ele. Com seus cachos saindo para fora da bandana do jeitinho em que sou apaixonada, o sorriso vergonhoso no rosto, o olhar que me acalma, e os lábios que me levam a loucura. Automaticamente um sorriso se mistura com minhas lágrimas de felicidade. Eu não sabia como descrever a sensação em que estava sentindo naquele momento. Uma explosão de sentimentos que nunca havia sentido, inundaram o meu corpo, percorrendo por cada pedaço dele.

—Oi. —sua voz soa envergonhada. Não deixei nem ao menos dizer mais nada, apenas o puxei, fazendo com que nossos lábios se tocassem. Nos separamos apenas pela falta de ar. Dou espaço e o mesmo entra, fechando a porta atrás de si. —Pra você. —em suas mãos se encontrava um lindo buquê de tulipas em variados tons de rosa, que não havia percebido de início.

—Obrigado. —o pego com um sorriso nada discreto no rosto. Tulipas são minhas flores favoritas. As lágrimas insistiam em cair novamente, mas logo senti a mão quente de Joel em meu rosto.

—Não chora. —ele limpa algumas lágrimas. —Quero te ver feliz.

—Eu estou, muito. Muito mesmo. Eu não sei como descrever o quanto estou feliz. —encaro seus olhos.

—Não precisa dizer nada, seus olhos já me dizem isso. —sorrio, guardando cada movimento, cada toque em minha memória.

—Eu te amo. —nunca pensei que alguma vez na vida diria isso, mas existe uma primeira vez pra tudo.

—Eu te amo mais. —sinto seus lábios nos meus novamente.

Esse clima de romance durou mais alguns minutos, até que o celular do Joel chega uma notificação e ele sorri ao ler.

— Temos um lugar para ir.

— Onde? —pergunto curiosa.

—Liz, você tem que parar de tentar desvendar as surpresas. —ele ri.

— Tá bom. — solto um sorriso. — Confio em você e sei que vai ser especial, independente. Você vai está comigo, não poderia pedi mais nada.

Joel segura minha cintura juntando nossos corpos e deposita um selinho demorado em meus lábios.

—Vamos logo. —sigo ele até do lado de fora da casa e entramos logo em seguida no carro. O trajeto não foi longa, uns 30, 40 minutos apenas e logo ele estaciona em frente à praia.

—O que viemos fazer aqui? —minha curiosidade estava a mil.

—Vem comigo. —ele estica uma das mãos para mim. Na outra havia um cesta. Andamos até um lugar afastado, onde ninguém poderia nos ver.

Joel para, depositando a cesta na areia e tirando de dentro uma toalha, esticando no chão. Depois tira duas taças de vinho e a enche.
Me sento ao seu lado e pego uma delas de sua mão, tomando um gole. Como alguns morangos que havia na cesta, que sem duvidas é minha fruta preferida.

Ficamos em silêncio por algum tempo até que digo algo.

—A lua está linda. —observo-a. O céu estava bem estrelado e eu amava passar minhas noites olhando para ele.

—Está mesmo. Mas nada se compara a você. —sinto minhas bochechas corarem e o olho. Ele estava com um lindo sorriso no rosto e me olhava com um certo desejo. Não resisto e o beijo. Se o nosso primeiro beijo despertou uma explosão de sentimentos, isso foi o sol virando supernova.

O beijo foi se intensificando e sem ao menos esperar, Joel me puxa para seu colo. Sua mão se intercalava entre minhas costas e minha bunda, enquanto meus dedos se entrelaçavam em seus cachos negros. O vento gélido me causava um pouco de calafrios quando minha blusa subia mas nada atrapalhava aquele momento. Uma explosão de sentimentos tomavam conta de mim.

Minhas mãos descem para a barra da blusa de Joel, e a puxo para cima, interrompendo o nosso beijo e nos dando um pouco de ar. Aproveito a deixa e tiro a minha, ficando apenas de sutiã. Joel então nos vira, sem ao menos nos separarmos, ficando por cima de mim.

—Liz. —Joel separa nossas bocas, com um olhar preocupado. —Eu não quero forçar nada. —ele distância o olhar.

—Joel! Olha pra mim. —me levanto, ficando frente à frente à ele. —Olhe pra mim. —levo minha mão em sua bochecha, fazendo seu olhar voltar para mim. —Eu quero você. Sempre quis.

O beijo devagar e fortemente.

—Eu quero, se você quiser. —digo.

—Se eu quero? —ele diz, olhando para mim. O puxo para mais perto de mim, colando nossos corpos. —Se você fizer isso eu não vou ser capaz de parar.

—Não pare, eu não quero que você pare. —pressiono mais o seu corpo com o meu, fazendo com que ele colasse nossos lábios, agora com mais desejo.

Enquanto nos beijamos, percorro todo seu abdômen, explorando cada pedaço de seu corpo. Quando suas mãos deslizaram debaixo de meu sutiã, cobriram seus seios, arqueio, fazendo com que ele parasse, questionasse. Apenas sussurro um "Continue". Ele desfez a frente de meu sutiã, o mesmo caindo, e por um momento ele congelou.

Quando menos esperava, ele curvou sua cabeça, e a sensação de sua boca em meus seios me fez com que levasse a mão na boca, abafando o som. Ele continuou a depositar beijos em meus ombros e seios, pescoço, quadris... Em todos os lugares possíveis, me fazendo arquear e me mover contra ele de forma mais intensa.

Ele parava antes de tirar cada pedaço de roupa, perguntando com olhos se deveria continuar, e toda vez eu apenas assentia, continue, sim. E quando finalmente não havia nada entre nós, pude sentir Joel por completo.

[...]

—Eu te amo. —sussurro, depois de deitar a cabeça em seu colo.

—Eu te amo. —ele sussurra ao pé do meu ouvido, causando-me arrepios. Ficamos ali, apenas nós dois, com a lua de testemunha, refletida sobre as ondas em nossa frente.

Pela primeira vez na vida me senti completa. Como se todas as peças se encaixem perfeitamente.

Connected • Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora