11. Um tal de Marcelo

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No dia seguinte fui até o escritório da minha mãe falar sobre o que tinha acontecido, primeiro contei tudo sobre o Matheus e minha mãe pirou na batatinha:

- Filha, você é tão linda e se esse Matheus for tão bonito quanto você eu tenho certeza que meus netinhos serão lindos.
- Calma mãe, foi só o primeiro encontro e, no final da noite, aconteceu uma coisa muito estranha...
- O quê?
- Um homem se aproximou e falou que eu sou muito parecida com você e pediu para te mandar um beijo e avisar que ele está na cidade...

Minha mãe fez uma cara de confusa e perguntou:

- Você sabe o nome desse homem?
- Agora me deu branco... Eu lembro que começa com M... Deixa eu ver Maurício... Não... Murilo...
- Marcelo?
- Isso mesmo, Marcelo...

Vi minha mãe perder a cor, ela ficou quieta, encarando o tampo da mesa que nos separava e desmaiou.

Gritei pela secretária e pela sócia dela e pedi para chamarem uma ambulância.

Comecei a fazer os primeiros socorros, e tudo parecia ser um filme passando em câmera lenta.

Peguei um aparelho de pressão desses de pulso e vi que a pressão da minha mãe estava 7 por 8.

Quando os paramédicos chegaram eu pedi que eles levassem a minha mãe para o pronto socorro da Beneficência e segui a ambulância com o meu carro.

Minha mãe não acordava de jeito nenhum, os batimentos estavam completamente instáveis e a pressão dela estava variando muito.

É regra no hospital e na medicina familiares não tratarem de familiares e era a minha mãe, mesmo se pudesse seria impossível eu fazer um bom trabalho.

Assim que entrei senti uma água amarga na boca e o impulso de vomitar foi mais forte do que eu.

Estava lavando o rosto para procurar a minha mãe quando ouço a voz do Matheus:

- Onde está a doutora Zoe?
- Ela não pode tratar essa paciente - ouvi alguém dizer.

Saí do banheiro e dei de cara com o Deus grego:

- Essa paciente é minha mãe e pelo o que dizem nos corredores você é o Deus da cardiologia, então por favor, faça o que for preciso...

Da última vez que eu tinha me sentido inútil dessa forma as notícias não tinham sido boas, pelo contrário, mas dessa vez eu tinha fé no meu colega e, talvez, futuro crush.

Da última vez que eu tinha me sentido inútil dessa forma as notícias não tinham sido boas, pelo contrário, mas dessa vez eu tinha fé no meu colega e, talvez, futuro crush

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Nunca me deixe - Livro 07 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora