15. Você se importaria se eu fizesse uma coisa que quero desde que te conheci?

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Sair com o Matheus já tinha se tornado rotineiro para mim, para ele acho que também.

Entramos na hamburgueria, o garçom nos cumprimentou e perguntou:

- O mesmo de sempre?
- Quero mudar hoje, o que você recomenda? - perguntou Matheus.
- Senhor, nós temos o hambúrguer La Veneza, ele tem um molho gourmet e cebola caramelizada, além de queijo gouda e vem acompanhado de batatas portuguesas...
- Então vai esse com um frapê de côco!
- E a senhorita?

Meu pedido estava na ponta da língua, mas eu estava tão nervosa que não tinha o mínimo de fome.

- Por enquanto traga apenas meia porção de batatas fritas e aquela maionese que só vocês fazem...
- Quer pedir a bebida?
- Um suco de maracujá, por favor...

O garçom se afastou e o Matheus olhou para mim de um jeito meio estranho, desde que nos conhecemos era a primeira vez que eu não pedia nada para comer:

- Tá tudo bem, Zoe?
- Aquela oferta ainda está de pé?
- Não vai me dizer que agora você repensou sobre que tipo de encontro estamos tendo...

Ficamos quietos apenas encarando a mesa, então eu respondi:

- Demorei muito para repensar?
- Não, é que eu já tinha perdido as esperanças de isso virar outra coisa...
- Eu sei que fui meio lenta e não quero estragar isso que nós temos, esses encontros, então se a oferta não estiver mais de pé tudo bem...
- Não... Vamos tentar, só tentar... Se der certo deu, se não der, pelo menos tentamos...
- Ok...

Eu sorri. Ele não tinha desistido da gente, tinha quase chegado lá, mas não tinha desistido por completo.

- Esse seu sorriso faz o meu coração bater mais rápido, sabia?
- Imaginei só pelo jeito como você olha para mim...

O resto do jantar foi meio estranho, meio excitante demais. Era fácil sentir a tensão sexual que pairava sobre nós.

Quando pagamos a conta eu entrei no meu carro, Matheus entrou no dele, e como de costume me seguiu até em casa.

Estacionei e vi que ele fez o mesmo atrás de mim. Saí do carro e corri até a janela dele, agradeci por ter me trazido até em casa.

- Eu faço isso porque gosto de você, então não precisa agradecer...
- Você diz isso toda noite...
- E mesmo assim você insiste em agradecer toda noite...
- Eu fiquei muito tempo vivendo por conta própria... É bom se sentir cuidada...

Nessa hora ele sai do carro e pergunta:

- Você se importaria se eu fizesse uma coisa que quero desde o dia em que te conheci?

Não respondi, apenas cruzei meus braços nas suas costas e deixei que meus lábios tocassem os dele, docemente, como se estivesse beijando pela primeira vez na vida.

Não respondi, apenas cruzei meus braços nas suas costas e deixei que meus lábios tocassem os dele, docemente, como se estivesse beijando pela primeira vez na vida

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Nunca me deixe - Livro 07 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora