09. Tipo um encontro?

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Voltei para o hospital disposta a fazer as pazes com o Matheus, aquele dia no bar tinha sido bem legal e mesmo que nós não fôssemos chegar a ficar um dia seria bom ter um amigo.

Estava almoçando, quieta na minha, no refeitório quando o Deus grego se aproxima de mim.

- Posso?
- Claro!

Eu já estava terminando meu prato, mas achei melhor não falar nada, só aceitar a companhia.

Ficamos um tempo em silêncio, focados nas nossas respectivas refeições, quando, do nada, ele me pergunta:

- Seu plantão vai até que horas?

Levantei meus olhos e o encarei. A pergunta foi tão inesperada que eu nem me lembrava que horas ia terminar o meu plantão.

- Eu tava pensando da gente ir jantar naquela hamburgueria de novo, aquela em que nós nos conhecemos, sabe?
- Tipo um encontro?

Assim que essas palavras saíram da minha boca eu me arrependi, por que diabos eu não consigo só manter minha boca fechada? Como uma pessoa normal... Sabe?

- Não, tipo um encontro de amigos, digamos assim - Matheus gaguejou.

Ele ficou tão sem jeito que eu cheguei a ter pena, eu e minha boca gigante constrangemos o Deus grego... Droga! Droga! Droga! Quando ia me desculpar ele completa a primeira frase:

- A não ser que você queira que seja aquele outro tipo de encontro, sabe?

Respirei fundo e respondi:

- Pode ser apenas um encontro, depois a gente decide se é encontro de amigos ou aquele outro tipo lá...

Matheus sorriu todo orgulhoso e meu peito virou uma verdadeira escola de samba em pleno carnaval e as borboletas começaram a passear pelo meu estômago.

Era oficial, eu tinha o meu primeiro encontro depois de anos e me sentia tão nervosa quanto no meu primeiro encontro da vida, aos 17 anos...

Era oficial, eu tinha o meu primeiro encontro depois de anos e me sentia tão nervosa quanto no meu primeiro encontro da vida, aos 17 anos

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Nunca me deixe - Livro 07 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora