Capitulo IV - A Montanha de Vangah

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Naquela noite coisas estranhas aconteceram enquanto íamos para as terras Vangah ter com o Mago Sion

Como Elessar queria: naquela noite mesmo começamos a viagem para as terras de Vangah Seguíamos o caminho muito silenciosos. Magno e eu vez ou outra trocávamos algumas palavras, mas Elessar estava quieto demais. Não sei se pensativo ou atento. Talvez estivesse ouvindo algum movimento na floresta e tendo certeza se era de algum mercenário em busca do Tigre. O Cigano Magno como que querendo espantar aquele silêncio começou a me contar sobre uma parte da infância dele que ainda não conhecíamos. Bem, pelo menos eu não conhecia. Ele me disse que lembrava de poucas coisas  da sua infância que grande parte de sua vida estava esquecida, como se ele tivesse tido uma amnésia parcial, mas me contou uma boa parte que eu apreciei muito. Magno era feliz antes de Larissa morrer. ·.

Narrativa do Cigano

- Minha mãe era uma lutadora! Uma mulher forte que comandava o grupo a que pertencia. Uma Deusa para mim e uma Rainha respeitada para o nosso povo! Nossa vida ao lado do Cigano Dedylson meu pai, nunca foi muito agradável. Raramente eu o via com ar feliz, e não era por causa da minha mãe e de mim que era seu filho único. Eu não tive a satisfação de conhecer o Cigano de que minha mãe sempre me falava: Um homem alegre que cantasse nas rodas ciganas e tocasse seu alaúde, conheci apenas uma pessoa muito bruta e fui criado de uma forma difícil de aceitar, porque eu o amava apesar de tudo. Meu pai mudou depois que conheceu o "Mandíbula de ferro" quando saiu do Acampamento para trabalhar; Meu pai era quiromante: ("quiromancia" é uma arte cigana complexa de interpretar as linhas da palma da mão). Os Quiromantes leem o destino das pessoas, pelo formato, tamanho e textura da mão!. 

Acontece que meu pai usava a quiromancia como fachada; Ele podia ver o futuro das pessoas que ele tocava, e para não ser tão constrangedor ou assustar seus clientes ele pedia a mão deles para ler. E ao tocar no indivíduo meu pai via o futuro eminente ao invés de ler as tendências e as potencialidades do mesmo, o cigano Dedylson previa os problemas de vários gêneros que a pessoa teria, dando assim a chance para que a pessoa em questão pudesse mudar e evitar os tais problemas. Quando pediam que ele lesse o passado. Ele dizia que o passado já estava feito e que não haveria necessidade de ele ler o que todos já sabiam. (e isso colava)

Um dia meu pai foi abordado por um homem de aparência sombria o  "Mandíbula de ferro" e foi obrigado a trabalhar para ele ou perderia minha mãe e eu. Depois disso meu pai não trabalhou mais com quiromancia pelas redondezas. De vez em quando viajava para ler em outras cidades (era quando o bruxo exigia a presença dele) Meu pobre pai vivia com suas atribulações e com medo das ameaças do "Mandíbula de ferro" . Para que não fosse pego de surpresa pelo famigerado bruxo ele mantinha a família "no cabresto" Eu não tinha muitas coisas a fazer e não era tratado como uma criança. Para mim só existiam obrigações. 

Mas como eu sempre tive a mente fértil o que me ajudava muito: quando meu pai viajava para trabalhar. Eu aproveitava e viajava também "ia ver o mundo" como eu conhecia em minhas fantasias. Mas fazia isso nas cidades bem próximo a meu acampamento onde eu pudesse e soubesse ir e voltar sozinho. Todas as vezes que "viajei" era como dar a volta ao mundo em diversas aventuras sem sair de perto do acampamento. Até que um dia numa dessas aventuras, eu me deparei com algo diferente. Cheguei a uma avenida onde havia muitos humanos amontoados e um grande empurra-empurra para assistir a um duelo! 

Tinham dois humanos no centro da avenida prontos para um combate mortal. (deduzi pela excitação das pessoas que assistiam)... Eu estava ao oposto das pessoas que assistiam, estava em um local privilegiado que ficava de frente para os duelistas. Do lado direito: um humano aparentando pouco mais de 37 verões. Alto, esguio e com cicatrizes no rosto. Carregava uma espada longa e larga. Combinando com seu porte físico. Vestia calças e botas de caça, na parte de cima do corpo musculoso e tatuado ele vestia apenas um colete de couro.
Diferente do outro humano a esquerda dele! Esse parecia aristocrata! Tinha o porte elegante! Podendo se dizer até, que era o mais elegante. Um  Senhor que eu já tinha visto em minha vida, mas não me lembrava quando! As vestes dele eram bem desenhadas: vestia Calça social finíssima, camisa de seda branca, sobretudo com cortes elegantes, e uma cartola "Jean Sablon" portava devidamente "Um social elegante"! Era mais alto e aparentava ser mais jovem que o humano da cicatriz que gesticulava sem parar.

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