Sunahara

Capítulo I - Um Tigre Cigano

A festa estava no auge e todos se divertiam muito! Barzud apresentava Dseyvar e Mah como os Heróis. Eu me distanciei um pouco da festa, todos aqueles cumprimentos de seres que eu não conhecia me deixavam encabulada. Afastei-me deles e estava andando pelo suntuoso salão que antecedia o salão da festa e observando as belas obras de arte, quando me deparei diante de duas belezas presas na parede sobre a lareira: Eram duas espadas, uma se tratava da grande "Kuan Yin", também referida como "Espada da Misericórdia". A "Kuan Yin", tem a ponta rombuda, sem corte, simbolizando a clemência. Também é uma espada cerimonial utilizada na coroação dos monarcas. A outra era uma "Euturiel" que era uma espada de lâmina negra. Essa em especial me chamava muito a atenção por se parecer com a lâmina de Elessar. As espadas e adagas me fascinavam! Eu tinha muito apresso por armas brancas. E estava admirando as espadas de Barzud e me lembrando como eu era antes de vocês me conhecerem. Antes de ir para Uhat aperfeiçoar meus poderes com Elessar. 

Eu era apenas um soldado forjado na ânsia da batalha, um soldado que aprendeu a lutar tendo somente duas escolhas: matar meu oponente ou morrer tentando.

Desde muito jovem aprendi a ser dura com os seres antes que os mesmos fossem duros comigo. Meu mundo "Vidar" passou por guerras sangrentas por ser uma terra de muito ouro, além de os Elfos em sua maioria possuírem poderes inatos. Todo tipo de seres invadiam nossas terras férteis com intuito de tomá-las. Posso dizer que em meu mundo chovia sem parar... Sim amigos! Chovia sangue! Foi assim que descobri meu propósito sobre a terra. Depois de tentar tantas ou6jurjtras coisas eu descobri no que eu era realmente boa. Em Ser um Soldado! Eu me tornei sem dificuldade numa cruel assassina. Cada ser decapitado, cada membro amputado, cada garganta cortada, me dava mais certeza de que a minha missão era ser um assassino. Eu era um soldado criado para matar! Meu coração estava banhado em ódio desde pequena por ver várias vezes quem eu amava ser morto sem piedade... Os soldados do Rei escondia minha irmã e eu como podiam, para que não fossemos estupradas por seres que invadiam nosso mundo por motivos inescrupulosos seres que não possuíam alma.

No dia do meu decimo sexto aniversário eu pedi que me engajassem no exército do Rei Aurien. E em pouco tempo eu mostrei para meus capitães que eu não sentia a menor compaixão pelos seres que imploravam por suas vidas. Minhas lâminas deslizavam sem dificuldade ou pena por seus corpos. Até porque, eu não possuía uma espada qualquer. Eu empunhava duas "Xifhos" de lâmina negra, um presente do meu mestre e instrutor. Com a lâmina de forma, que me permitia cortar e pregar. Suas lâminas eram discretas, mas suficientemente eficazes para deter os golpes de outras espadas. Minhas adagas tinham o formato que ampliava as lesões produzidas por golpes de gumes, sem deixar que as minhas armas ficassem presas no corpo dos oponentes. Eu não fui treinada para combater como meu mestre Elessar me ensinou. Eu fui treinada para matar! Isso já demonstrava o quanto eu era letal, já que assassinos comuns usavam armas comuns, enquanto eu empunhava duas adagas mortais, forjadas com o próprio calor do inferno. 

Enquanto eu admirava as belas espadas de Barzud ouvi dois silvos breves e dois longos e reconheci seu autor: Era Lilaz! Um silfo.

 (uma espécie de masculino de fadas) 

Lilaz era um amigo da Rainha Feir (a Tempest Elf). Como me pareceu que ninguém mais ouviu além de mim, eu saí discretamente e fui ver o que havia acontecido para que Lilaz tivesse "se despencado" de Uhat para "Suryanna". O silfo estava muito nervoso todo acesinho na cor lilás a me esperar. Perguntei a ele o que tinha acontecido em Uhat para que ele estivesse tão nervoso daquela maneira: ele respondeu de uma só vez quase gritando e sem conseguir parar de bater as asinhas enquanto tentava explicar sentindo-se culpado:

♥ - Perdemos Lorian! eu juro que tentei protege-lo quanto pude Sigel!

- Como assim perderam? O que quer dizer?