08 | hormones

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Michael Clifford

   Eu beijei Italy Turner. Essa frase soa estranha e irreal, não sinto como se fosse capaz de pronuncia-lá de forma com que pareça verdadeira. Afinal, não estamos falando de qualquer garota, e sim de Italy Margareth Turner. Ela não é do tipo garota que simplesmente se beija, ela é o tipo de garota que você leva para jantar em um restaurante chique com a reserva feita há semanas, usa um bom terno, compra um vinho caro, e torce para que ela não perceba que é boa demais para você. Apesar de minha — quase — certeza sobre a preferencia de Italy por um hambúrguer no lugar de um jantar caro.

   Precisamos conversar, eu sei que precisamos, mas por que evitá-la soa tão mais fácil? Italy Turner com todo seu excesso de positividade, alegria e paixão pela vida está fodendo com tudo. Eu não posso usa-lá para esquecer de Crystal, eu simplesmente não posso.

   A campainha toca. Olho para o teto branco de meu apartamento e atender a porta parece uma tarefa muito difícil a ser realizada, espero que seja Luke. Torço na verdade, talvez possamos falar sobre como fui estúpido em colar meus lábios com os de nossa manager e depois riríamos lembrando de quão inconsequente esse ato foi. Me levanto com toda a preguiça existente no mundo e me arrasto até a porta, preguiçoso demais para movimentos bruscos.

- Oi, você! - Italy Turner sorri. - Acho que precisamos conversar. Ela entra, como sempre, sem um convite.

- É precisamos. - Me sento ao seu lado em meu sofá grande. - Calma, não vou te agarrar dessa vez! - Tento deixar a situação mais cômica e lhe arranco um sorriso bonito.

- É sobre isso que eu queria falar: primeiramente, me desculpe - Prende o ar. - eu não deveria ter, você sabe. - Fala, visivelmente constrangida.

   Apesar de tudo, beija-lá não pareceu errado. Não pelos motivos que deveriam.

- Turner, cala a boca! - Jogo a cabeça para trás. - Eu fui um idiota, você sabe muito bem que eu queria muito aquilo, no momento, acho que você também, eu estou errado? - Esfrego o rosto com as palmas da mão. Italy está nervosa, talvez com medo, seu profissionalismo intacto foi quebrado, por minha culpa, eu destruí a moral perfeita, da garota perfeita. Ela nega com a cabeça, comprimindo os lábios. - Foi legal, mas nós não devíamos fazer isso novamente, vamos apenas esquecer, okay?

- Tudo bem, "Sr. eu controlo toda a conversa", eu tomei a frente primeiro, eu vim aqui, portanto sou mais corajosa! - Ela diz e ri. Essa é a Italy.

- Você é impossível, sabe disso, certo? - Brinco.

- É claro, Mikezinho. - Sorri torcendo o nariz. - Não foi só para discutir seus impulsos hormonais que eu vim, nós vamos para a casa do Calum. Todos nós vamos, Theresa chegou e Calum quer fazer um almoço especial.

- Você sabe que isso significa que ele quer que você cozinhe para ele, não sabe?  - Minhas sobrancelhas se arqueiam involuntariamente.

- Ele ainda me fez ir no supermercado com ele, Michael. Não subestime minha inteligência. - Ela ri. - Hm, Mike?

- Diga, Itália. - A chamo da mesma forma com a qual, Logan, um dos produtores latinos do andar de baixo a chama e ela revira os olhos rindo.

- Você tem um encontro, esse sábado a noite, Riley Wastson, lembra? a modelo vegana. - Ela sorri. - Eu reservei o restaurante, você só precisa bom, aparecer.

take you out • mgcOnde histórias criam vida. Descubra agora