Ben Daddario, o marido infiel

Capítulo 4 - Ameaça

"—Biscate! –uma mulher gritou.

Levantei a cabeça e olhei na direção que a voz veio, não acreditando em quem estava ali. Finalmente eu estava a conhecendo. Eu estava cara a cara com Alexandra Daddario – e, meu deus, que mulher linda. Alta, esbelta, peitos grandes, porte de modelo. Quem tem coragem de trair uma mulher dessas?"

Boston, terça-feira

Casa da Vanessa - Fayette St, 29

23:34

VANESSA P.O.V

—Você deve ser Alexandra Daddario. É um prazer finalmente te conhecer –falei olhando a mulher esbelta em minha frente.

Ela me olhava de uma forma nada amigável, tampouco simpática.

—Sua vagabunda, você não tem vergonha na cara não? Ser amante de um homem casado... Mas não vá achando que é grande coisa não, você é só um caso para ele, é só uma piranha que está servindo como depósito de esperma dele. É de mim que ele gosta... Depois dele transar com você, é pra mim que ele volta. Quando ele chega em casa, é comigo que ele se satisfaz de todas as formas possíveis –ela ia continuar falando, mas a cortei.

—Olha, eu não faço ideia de porque você acha que eu sou a amante do seu marido, mas eu não sou. Se ele tem uma amante, essa pessoa não sou eu. Eu sequer sei quem é o seu marido –falei calma. Ela riu debochada.

—E ainda por cima é covarde –ela falou rindo —Nem assumir que tem um caso com o meu marido você assume, mas eu não preciso de sua confirmação, eu já sei de tudo –ela falou agressiva.

—Deve ser porque EU NÃO ESTOU TENDO UM CASO COM O SEU MARIDO –gritei impaciente —Eu nem sei quem é o seu marido ou quem é você e como você chegou até mim –falei.

—Agora que eu descobri, você quer negar, né? Mas eu já sei de tudo, de todas as noites que vocês passaram "trabalhando juntos" –ela falou fazendo aspas com o dedo —Todas as mensagens, todos os telefonemas, eu já sei de tudo. Você está encurralada, não adianta querer negar.

—Vê se entende de uma vez por todas: eu. Não. Sou. Amante. Do. Seu. Marido –falei pausadamente para ver se assim ela entendia.

—Não adianta negar –ela falou convencida.

—Você é louca –falei e dei as costas para a mulher, indo em direção a porta de entrada do prédio que eu morava.

—Só vou te dar um recado –ela falou atrás de mim.

Seu tom de voz continha raiva. Parei de andar para ouvir o que a doida iria dizer, porém, permaneci de costas para ela. Queria mostrar que eu não estava me importando.

—Eu vou fazer da sua vida um inferno. Você vai se arrepender amargamente de um dia ter se envolvido com o meu marido ou eu não me chamo Alexandra Daddario –ela me ameaçou.

Coloquei a chave na maçaneta e entrei no prédio, ignorando completamente a presença medonha de Alexandra Daddario. Essa mulher é desequilibrada.

Subi para o meu apartamento e lá permaneci até o dia seguinte, quando acordei às 7:30, arrumei-me, tomei café da manhã e fui para o escritório. O dia seria longo.

Boston, quarta-feira

John Hancock Tower™ - Clarendon St, 200

08:34

"Preciso falar com você. Me liga assim que puder", enviei a mensagem para Kati, minha prima, e voltei a prestar atenção no computador a minha frente. Eu tinha muita coisa para fazer.