Jimin sorriu e mexeu no meu cabelo, deixando um beijo na bochecha antes de afastar. A última coisa que vi foi os seus braços acenando na minha direção, eu precisava de algum lugar escuro e quieto pelos próximos dias.
E agora começa a minha verdadeira tortura psicológica.
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Estava num canto do meu quarto, as cortinas fechadas, alguns móveis destruídos.
Era uma confusão de sentimentos. Não tinha mais controle sobre os pensamentos e vira e mexe estava pensando no sangue de Jimin. Bastou apenas sentir o cheiro para me arrastar ladeira abaixo.
Faz cinco dias que não respondi suas mensagens e sabia que veio me visitar, mas primeiro precisava controlar o impulso forte de querer sugar seu sangue. Meu pai havia conseguido sangue humano a mais que o normal, mas nada satisfazia tanto quanto o do ômega. Apesar do cheiro enjoativo, o sabor era delicioso.
Estava ferrado com todas as letras em maiúsculo.
Yoongi e Taehyung tentaram conversar sobre, afinal eles passaram pelo o que passo agora, mas não queria ver a cara de ninguém. As costas da mão estavam machucadas de tantas mordidas que fiz para acalmar o desejo. Era uma tortura, tanto psicológica quanto física.
As coisas pioraram quando senti o cheiro de Jimin aproximando da minha porta. Seu cheiro doce fez entrar em alerta; já havia avisado aos meus pais para não permitirem sua entrada e muito menos que aproximasse, mas parece que não ligaram.
— Estou preocupado com você, Jungkook. Você não sai desse quarto a dias e não está gravando nada para o canal. Converse comigo.
— Vá embora! — gritei furioso — Se continuar aqui vou abrir a porta e sugar até a última gota do seu sangue.
— Sei que não vai fazer isso. Vamos conversar, Jungkook ah.
— Porra! — peguei o celular que estava ao meu lado e taquei na direção da porta, estraçalhando-a — Eu não estou muito bem por causa do seu sangue e você vem todo dia pra lembrar isso. Vá embora, já te disse que entraria em contato quando estivesse melhor!
— Não! Está tentando negar que quer meu sangue, mas não vou admitir isso. Seu irmão e Taehyung me explicaram como está se sentindo. Você pode tomar o quanto quiser.
Jimin era claramente imaturo pra chegar nesse tipo de conclusão. Engoli a saliva acumulada em minha boca e inspirei profundamente; estava comprometido com alguém que não batia bem da cabeça.
Levantei e fui até a porta, podia ouvir seus batimentos cardíacos acelerados e imaginava todo o seu fluxo sanguíneo. Piorou quando ele também escorou na porta.
Afinal, meus pais estavam loucos para permitir que ele se aproximasse? Meu autocontrole pode não salvá-lo da morte se sugar todo o sangue. A sede e a coceira na garganta pioraram a cada segundo que fico por perto.
— Vá embora, Jimin. Eu vou te matar.
— Não vai, eu confio em você. — ouvi seu grunhido — Sei que não fará nenhum mal. Então fale para mim tudo o que te assombra, eu quero te entender.
A sua voz estava tão calma, quase beirando a manhosa, que acabei cedendo e abrindo a porta.
Jimin estava em pé de frente a porta com os olhos parecendo um pouco febris e os lábios cheios e avermelhados entreabertos. O peito subia e descia com a respiração pesada.
Engoliu em seco antes de envolver os braços em meu corpo num abraço apertado. A coceira na garganta continuou mais forte como um aviso para perfurar seu pescoço de fácil acesso.
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Laços de sangue • Jikook
VampireVampiros e lobos, eis duas espécies que não se dão bem. As famílias Jeon e Park foram inimigos por séculos e somente agora decidiram aceitar um tratado de paz. Mas tudo tem seu preço e Jeon Jungkook, o vampiro mais novo, é envolvido num casamento a...