Laços de sangue • Jikook

Nona Mordida

* Pc bang é tipo uma lan house onde a maioria do povo vai pra jogar.

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— Está tudo bem, mas de agora em diante tenha certeza que se não gostar de algo eu direi na sua cara sem pensar duas vezes. Agora podemos aproveitar o resto dessa tarde? Vamos fazer tudo o que a gente quiser e farei o possível para não me irritar com os que nos seguirem.

Jimin sorriu despreocupado e concordou com a cabeça.

Espero que todos os maus entendidos tenham sido resolvidos porque postergar só irá se tornar uma grande bola de neve que vai nos atropelar lá na frente.

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Depois que nos entendemos, andamos por todo o shopping e fizemos tudo o que queríamos sem importar quem nos seguia. Quer dizer, Jimin pareceu não se incomodar, mas eu fiquei um pouco tenso.

Velhos hábitos são difíceis de serem mudados de uma hora para outra.

O ômega pareceu feliz pelo resto do tempo e tentei não o preocupar com a minha tensão, aos poucos fui desencanando e só me senti desinibido quando ele sugeriu que fôssemos para área de jogos. Foi um dia divertido, apesar de tudo. O deixei na sua casa e ele me pegou de surpresa na despedida com um beijo. Não havia ninguém andando no seu condomínio, então acredito que ninguém tenha nos visto.

Agora estávamos na semana de preparação para o casamento que aconteceria nesse final de semana lá nas reuniões da Tríade e todos os associados estavam convidados.

O nosso casamento era apenas a prova de união das duas famílias, um acordo político. Eu estaria resistindo se não tivesse descoberto o fato de que Jimin é a minha alma compartilhada, talvez tivesse tornado a nossa vida um verdadeiro inferno para que o pobre ômega pedisse aos pais que retirassem o acordo.

Tudo estava sendo planejado pelos nossos pais, desde a nossa cerimônia e até onde iríamos morar. Só o que precisávamos fazer era arrumar as nossas coisas que gostaríamos de levar para a nova casa. Jimin pareceu muito feliz em saber que moraríamos juntos, tanto que vinha em casa para fazermos planos de como poderíamos passar nossos dias livres. No início, haviam decidido que moraríamos no condomínio que pertence a toda família Park, mas Jimin foi relutante dizendo que gostaria de privacidade e conseguiu que mudássemos para um lugar mais no centro.

No final da tarde de quinta-feira, levei minhas caixas para o apartamento no décimo sétimo andar, bem na cobertura. Era a primeira vez que visitava o apartamento e era bem espaçoso com três quartos, um banheiro e duas suítes, a sala e cozinha separada por um balcão. Fui checar a minha única exigência: um lugar para as minhas gravações.

Era um escritório, grande e silencioso o suficiente para poder gravar sem problemas. Larguei as caixas ali mesmo, decidindo que poderia ajeitar algumas coisas enquanto tinha tempo até encontrar com um dos meus amigos. Iria entregar o convite de casamento pessoalmente.

— Jungkookie! Não sabia que você também estava vindo.

Jimin estava na porta e sorria, vindo até a mim para ganhar um abraço. Pelo cabelo meio úmido, deveria ter tomado um banho antes de vir para cá.

— Estava no estúdio de dança? — concordou com a cabeça — Eu vi que deixou umas caixas no último quarto. Conseguiu trazer tudo?

— Ainda não, tem mais algumas coisas, mas não vou esquentar a cabeça com isso e trazer aos poucos. Trouxe só o essencial. E você, o que trouxe?