Ela lhe pertence!

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Ainda observei o céu. E com isso tudo adentro ao meu refúgio indo para meus aposentos. Observava atentamente a criança em meu colo a dormir serenamente, a paz em seu rosto, a beleza deslumbre ao meu olhar. Entrei em meus aposentos e a deixei dormindo sobre minha cama,  afofando alguns de meus travesseiros ao seu redor, e a cobrindo para aquecer a mesma.

Me sentei ao outro lado do pé da cama, pensativo naquele momento, a brisa doce e aconchegante trazia um controle naquele momento para mim. Sem ela acho que não saberia o que fazer, mas sei do que vou a fazer.

E assim foi se passando com o tempo,  e Amícia foi crescendo e ficando uma moça muito esbelta, para um criança  de 11 anos, sua beleza era sem dúvida, igual ao dos elfos. Respiro fundo colocando minha armadura enquanto Glorfindel preparava meu cavalo,  fui até Amícia que brincava de jogar pedras ao lago com Arwen.

Senti meu coração doer de tal forma, e ela não entendeu para onde íamos. Peguei a bolsa dela e entreguei a mesma, segurei sua pequena mão  que confiava em mim mais do que tudo. E juntos subimos ao cavalo e calvagamos até Bri, que não  demorou muito e para chegarmos ao local, passando pelo vilarejo e indo até  uma casa ao topo ainda decorada pelas belas margaridas do jardim. Desci de meu cavalo e caminhei até  a casa onde fui recebido por um suspiro de alívio do mesmo.

- Zaratrás. - breve afirmo, o olhando com uma tranquilidade no olhar.

- Elrond... Elrond... O que faz aqui? Não o vejo desde que... Ah, ela... - Ele compreendeu o que tinha acontecido faz a tanto tempo depois daquela notícia.

- Ela me pedistes para que cuidastes da filha dela, antes de seu fim. E lhe entregasse a ti. -

Ele olhou a menina distraída ao horizonte e depois se direcionou a Elrond.

- Não posso. - ele se afastou indo fechar a porta.

- Ela lhe pertence! Foi o que Beatrice me afirmastes... Ela confiava-lhe em ti do que pensas Zaratrás. -

Ele ficou imóvel, depois de alguns minutos abriu a porta e saiu para fora,  ficamos de frente um para o outro num olhar fixado a ambos. Ele me abraça de modo repentino me surpreendendo de tal forma, sentindo a sua dor devolvi o ato num silêncio. Logo nos afastamos e chamei pela mesma que se virou até nós e caminhou calmamente até ambos. Observando atentamente Zaratrás com um olhar inocente e doce que o fez ficar pensativo. Me agacho para falar com a mesma com um aperto em meu coração.

- Eu vou ter que ficar com ele? - Disse ela suavemente quase como um sussurro de um vento.

- Sim, não podereis cuidar-te de ti mesma. Mas um dia, você irá me encontrar e então nos veremos onde o sol lhe guiará. - sorrindo para mesma, um abraço recebi, com um sentimento de carinho a impregnar-se em mim.

Me afastei deles deixando guiar-me até meu cavalo, montei no mesmo os olhando pela última vez. O cheiro de Castanhas secas com folhas de outono emanava de longe sobre a mesma. Respirei fundo pronunciando minha partida daqui em diante.

- Nai tielyar nauvar laiquë ar hwesta cana le... “ Que seus caminhos sejam verdes e haja brisa atrás de você... ” - pronuncio solenemente e assim parto rumo a Valfenda.

Ter que partir sem nem sequer olhar para trás doeu em meu coração com todas as forças. Aquilo foi o que mais me entristeceu em toda minha vida.

“ Minha irmã não pode saber que a filha dela está viva. E que quando eu partir, diga toda a verdade quando ela estiver pronta. Sei que ela não vai me perdoar por ter mentindo para ela e a todos... Mas irei proteger ela durante a viagem... Como uma boa tia faria. ”

“ A aparência e as características são de Elenthäel, mas o cabelo puxado a mim... Apenas...  Deixe-a viver. ”

Essas então foram as verdades da qual eu esconderia por uma longa eternidade. A rumo de Valfenda, chegamos num momento tranquilo. Desci do cavalo e caminhei pela grande escadaria até  Arwen que me observava com um grande saudade da menina. A abracei, confortando-a para acalmar sua tristeza, o local ficaria bem menos animado sem Amícia para cantar, para aprender e, cuidar naquele momento. Mas sempre estaremos juntos, menos nas mais longas distâncias da Terra média. Então caiu se a noite e como hoje era o aniversário de Amícia prometi a ela um presente em todos os seus anos, todos reunidos ao ar livre com lanterna atersanadas de todas as formas mais belas e perfeitas, acendemos e levantamos elas para o céu que voaram com a direção do vento de folhas verdes e secas que se direcionavam para o lado norte.

Pude sentir a alegria dela de longe, e em meio a distância tive a visão da mesma. Sentada pelas almofadas no topo do alto de uma torre da janela,  admirando as laternas soltas em comemoração de seu aniversário. O sorriso eras dócil e fútil naqueles momentos calmos, esvoaçando sua beleza ao além naquele momento.

Zaratrás

Não eras impossível de se ver de longe. As laternas que sobrevoavam como pássaros lentamente decoravam as nuvens com suas artes, podia ouvir passos sobre o alto, enquanto tenta a dormir. Ainda tentava compreender como Elethäel é mãe dela, se ela nunca teve essa chance... Não  é possível que...

- Você destes o sangue para sua irmã para que pudeste dar a luz a ela. Oh Beatrice... Seu coração tão bom se sacrificou pelo amor de uma família infeliz. - Disse calmamente olhando o cordão que estavas no pescoço da menina.

A quietude na casa era tranquila. Mas não duvidaria que os dias de hoje serão como o amanhã, fui-me verificar se a mesma dormia e encontro esta acordada, observando a janela com esperança e emoção ao seu redor. Vou até Amícia, pegando a no colo com carinho e a deito sobre a cama, cubrindo-a com os cobertores. Esta se senta na cama e me olha com curiosidade, ainda ajoelhado tentava de modos infinitos de por ela para dormir mas falhava gradualmente.

- Estou sem sono... -Seus olhos que se fechavam lentamente a entregavam de modo tão sublime...

- E se eu lhe contar uma história sobre minhas lutas do passado? - Disse me sentando numa cadeira perto de sua cama.

Seu olhar brilhou intensificado e se ajeitastes na cama pronta para ouvir. Limpei-me lhe a garganta pronto para começar a contar:

- Pareciam-se que aquilo nunca iria acabar. Ao longo dos anos, na Terceira Guerra... Eu lutei ao Lado de Elrond, Beatrice e Elethäel. Para enfim acabarmos com o mal chamado de Sauron. O senhor da escuridão... Que junto dele lhe havia um imenso poder do “ Um Anel ”. Lutamos durante várias e várias vezes, sem sequer derramar uma gota de suor. ” -

O olhar de encanto e admiração se estendia pelo rosto expressionado da mesma. Que esperava brevemente pela continuação da minha história.

- “ Eu lutava ao lado de sua tia... Que era conhecida por ser uma dominadora em espadas e lanças forjadas pelos mais anões altamente qualificados em criações. E sua mãe... Elethäel, era a líder dos Le'RüenEla não  deixavam que tentassem ser melhor do que ela entre guerras e ia com tudo para cima dos inimigos, massacrando e eliminando quem estivesse em seu caminho. Quando soubemos que Sauron foi derrotado,  gritos de vitória se estenderam mas algo estava errado e a Expressão de Elrond era notória... E então... -

Um barulho de ronco ouvi bem baixo enquanto olhava para a janela. Quando me viro para ver a surpresa era normal, acabaste de cair num sono profundo sobre o travesseiro. Suspirei calmamente, cobrindo a mesma com cuidado e beijando o topo de sua testa. Apagando-se logo as velas e me retirando do quarto para enfim deixá-la a dormir.

Caminhei para meu quarto. E me deitei exausto e dolorido, apoiando minha cabeça sobre o travesseiro. Pensativo sobre Amícia eu estava, como era tão bela como sua mãe Elethäel... Me cubro então deixando meus que se cessaram para descansar.

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⏰ Última atualização: Aug 27, 2019 ⏰

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