𝘐𝘝

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-a morte que existe no amar.

a alta velocidade
percorro os meus pensamentos
talvez a nossa idade
não seja o maior dos meus tormentos.

a morte
nos persegue
ainda não percebi se é sorte
ou se queres que eu negue.

não tenho a certeza
se te amarei
mas sempre me expressei
sem muita beleza.

torço para que não.
o tempo corre em contra-mão
e o meu coração
não aguentaria tanta animação.

então,
sofredor de plantão,
deixa-me sonhar
para que não tenha que te amar.

deixa-me escrever,
mesmo que mediocremente.
deixa-me viver,
mesmo que exponencialmente.

eu sei que ela espreita
eu sinto o seu cheiro
sempre estive sujeita
ao amar alheio.

-Fran

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