XXI

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Não sei quando o amar
Passou a ser rotineiro
Não gosto de não me guiar
Mas não me importo com o teu roteiro

No início, há a explosão
Parece que o coração
Vai saltar de felicidade
Agora decorei os teus batimentos como decorei a minha cidade.

Cidade essa que explorámos juntos
Tal como me exploraste a mim
Sigo os teus passos atentos
Para não fugir de ti.

Se amarrada sigo e seguirei
Não sei por onde começar
Se contigo já rimei
Já não sei terminar.

É um rimar especial,
É de notar.
E que o nosso final
Nunca chegue a chegar.

Porque se contigo sou eu
Guiada pelo que é teu
Então sigo apaixonada
Pelo meu romeu.

É certo que o fim é trágico
Mas ninguém diz que não
À tragédia do século
Deleite seria morrer na tua mão.

Para que serve o final?
Ninguém se lembra dele
Quando a história divinal
E ainda está na sua pele.

Então viveremos
E a nossa pele marquemos
Porque nela vive o presente.
Não te atrevas a ser ausente.

-fran

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