𝘝𝘐𝘐

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na noite
olho pro céu,
com deleite,
pensando no que era meu.

tinha-te mas não te sentia
morava no teu peito, mas não era poesia.

agora olho pro rio
um intermediário
do nosso amor.
ah, se o pudesse atravessar a vapor!

de barco chegaria a ti
esperando sentir o que outrora senti.

vivo encharcada
com o nosso antigo amor.
preferia me ver enforcada
do que me afogar nesta dor.

na corda morre o aprisionado
e na esperança de o ser morre o apaixonado.

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