Sinto, Mesmo Que de Longe

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Sinto, mesmo que de longe,
Seu toque em minhas mãos gélidas.
Seu olhar que por vezes seguidas ia de encontro ao meu.

Sinto, mesmo que de longe,
Ainda estamos próximos.

Ouço sempre, seu boa noite.
E mesmo que na incerteza da noite,
Ao vento lanço o meu. Para que pela força do que sinto, ele chegue até você.

Indiferente se faz o tempo,
Bons ventos nos guie,
Indiferente é o tempo,
Uma vez que ele nos deixa a sós,
Na mesinha do canto,
Ao som dos pássaros que nos circunda.

Eternizo aqui, nosso momento,
Para que uma vez ao vento,
Ele não se perca.

Sinto, mesmo que de longe,
Nossas palavras,
Que de uma certa forma,
Escritas ao longe,
Se unam em um verso infinito.

Sinto, mesmo que ninguém mais sinta.
Você aqui comigo.

Vilipêndio- O Autor Pós Mortem (segundo volume de A Morte do Autor)Onde histórias criam vida. Descubra agora